Baronesa estreia nesta quinta, 14. O filme nasceu como um projeto universitário da diretora. Virou um experimento nas margens, híbrido de documentário e ficção. Além de Tiradentes, integrou a mostra de cinema independente do Rio e o Olhar de Cinema, com curadoria do cineasta Aly Muritiba, de Curitiba. Um filme de mulheres, com mulheres, sobre mulheres - talvez seja a primeira coisa que valha destacar em Baronesa. Em geral, os filmes de periferia privilegiam o olhar de homens, sobre homens. Juliana filma duas mulheres da Vila Mariquinhas, em BH. Andreia junta dinheiro para construir uma casa em outra vila - Baronesa -, na expectativa de que lá sua vida será mais pacífica. Leidiane cuida sozinha dos filhos. Os homens não estão ausentes porque a dupla flerta com o único sujeito importante da trama. Ele usa tornozeleira.
Na maior parte do tempo, Andreia e Leid conversam. Falam sobre sexo - masturbação, posições que estimulam o orgasmo. Fazem contas sobre o gasto da obra na casa. E brincam com um revólver. Por mais graves que sejam as questões debatidas - estupros, assassinatos nas favelas -, o filme mantém certa leveza. Consegue ser divertido. O mais importante é o vínculo com o real. Em nenhum momento Juliana falsifica a realidade para dar sua versão do empoderamento feminino.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.