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Política Terça-feira, 09 de Junho de 2015, 15:32 - A | A

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Terça-feira, 09 de Junho de 2015, 15h:32 - A | A

OAB VS ASSEMBLEIA

Aude avisa que ADIN por aumento da verba indenizatória sai nos próximos dias

RODIVALDO RIBEIRO

Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade  (Adin) está sendo elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil e será impetrada no Tribunal de Justiça nos próximos dias contra o aumento da verba indenizatória dos deputados estaduais de R$ 35 mil para R$ 65 mil, informou há pouco ao Hipernotícias o presidente da seccional Mato Grosso da entidade, Maurício Aude.

 

O motivo, continuou o presidente da OAB-MT, é que não evoluíram as conversas entre uma comissão dos advogados e o presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL), Guilherme Maluf (PSDB), mantidas desde o fim do mês passado. Na ocasião (dia 29 de maio), Aude e seus colegas tentaram argumentar que esse reajuste era inconstitucional, dado o que dispõe a Resolução nº 4.175/2015, que estipula o depósito mensal da verba indenizatória nas contas correntes dos deputados estaduais sem a necessidade de um pedido de ressarcimento com a apresentação das respectivas notas fiscais. A entidade também não se convenceu com o reajuste do valor.

 

“A ação está sendo elaborada pela OAB, a cargo da comissão de estudos constitucionais, e deve ficar pronta nos próximos dias, quando será distribuída. Queremos isso [a finalização da Adin] ainda para esta semana, no máximo até segunda-feira (15)”, disse Aude, por telefone. O motivo foi o desacordo com o que pensam os deputados, reforçou. “Já fomos até a Assembleia, esse parecer foi analisado e eles mantiveram a ideia de constitucionalidade. Nós entendemos que não, por isso vamos entrar com a ação”.

 

Maluf afirmou que a verba indenizatória é legal e explicou que houve uma unificação de vários benefícios, antes concedidos separadamente, como auxílio moradia, transporte e pagamento de diárias.  “Já fizemos um estudo anteriormente, para conceder o aumento, e vamos sanar todas as dúvidas da entidade. Não estamos inventando nada, a verba indenizatória é uma prática de toda a administração pública e o que pode estar sendo discutido é a forma ou prestação de contas”, afirmou Maluf na ocasião desse primeiro encontro.

 

Aude, por sua vez, reconhece a necessidade da verba indenizatória para o exercício da função de parlamentar, mas sustentou o entendimento de que o estudo feito pela feito pela Comissão de Estudos Constitucionais da OAB-MT chegou à conclusão de que o cálculo elaborado pela AL contém inconstitucionalidades. “Princípios constitucionais não estão sendo respeitados. Para se ter ideia, o valor de R$ 65 mil é muito alto e viola o princípio da razoabilidade, sem contar o da publicidade, pois o dinheiro empregado nessas verbas é público e não há nenhum tipo de prestação de contas, principalmente à sociedade”, disse o presidente da OAB.

 

A comissão da OAB-MT se sente especialmente desconfortável com a ideia de pagamento adiantado, sem necessidade de prestação de contas e do pedido de ressarcimento, que acabaria transformando a verba indenizatória em um benefício com caráter remuneratório, ou seja, uma forma de subsídio disfarçado, aumentando o salário dos deputados de R$ 25 mil para R$ 90 mil.

 

Outro argumento de Maluf seria o de que o aumento no valor considera o tamanho do Estado, que alguns parlamentares são de regiões distantes e gastam muito com o deslocamento. "Se comparado a outros estados, o valor está adequado, levando-se em consideração a extensão de Mato Grosso”, disse o tucano. (Colaborou Gabriel Soares).

 

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