Vereador diz que ameaça não o assusta e prefere renunciar a ceder à pressão

O vereador Gilberto Figueiredo (PSB), ameaçado durante um campeonato dos comerciantes da Feira do Porto, antes de ser apresentado requerimento da CPI do Paletó, na Câmara de Vereadores, diz que a ameça não o assusta e que ele prefere renunciar ao mandato do que ceder as pressões a que os parlamentares estão sujeitos. 

 

 

O vereador relatou ao HiperNotícias, que uma pessoa de óculos escuros o abordou, se posicionando ao lado dele e teria sido explicito: "Se você assinar algum pedido de investigação, você vai sofrer represálias", disse o homem, antes de desaparecer em meio a multidão.

 

 

Figueiredo não registrou Boletim de Ocorrência (B.O), pois não conseguiu identificar o suspeito. "Foi um fato desconfortável e que só serviu para me dar mais determinação. Isso aconteceu antes de eu ter assinado proposta para CPI, ou seja, isso não não me distanciou dos meus princípios. Se um dia isso tiver que ocorrer, é mais fácil eu renunciar do que eu continuar como uma vaca de presépio", afirmou. 

 

 

Ele, entretanto, fez questão de dar publicidade ao ocorrido para mostrar à sociedade que os parlamentares também sofrem pressões para conduzir os assuntos "em caminhos que não sejam os republicanos". Ele ainda disse que isso não é normal no mundo  profissional, mas no político são "comuns" ações de intimidação. Para Gilberto, quem entra na política deve estar ciente de que isso pode ocorrer. 

 

 

"É uma espécie de um recado que vem dessa maneira, outros vem de forma subliminar, como 'ah você não vai ter projetos aprovado na Câmara' ou  'vamos fazer devassa na sua vida profissional'. Eu não estou preocupado com esses aspectos. Eu só acho que a gente precisa de explicação [do prefeito], já tem mais de dz dias que isso ocorreu [que o vídeo foi divulgado] e o prefeito sequer se pronunciou", finalizou.