Tucano afirma que exoneração de irmão não registrou impacto na campanha

O candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) afirma que a denúncia do seu adversário, Emanuel Pinheiro (PMD), que culminou na exoneração de Elias Santos da presidência da Metamat já é um episódio superado, página virada. O tucano ainda diz que o fato não teve impacto negativo na campanha eleitoral do segundo turno. Segundo Wilson, pesquisas internas continuam mostrando queda do peemedebista e crescimento da campanha tucana.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

“É um ponto fora da curva. Nossa campanha é limpa e respeita as regras eleitorais. Esse é um episódio superado, página virada”, afirmou na noite da última quinta-feira (20), durante o ato político que contou com a presença da cúpula tucana nacional, como o presidente do partido, senador Aécio Neves, e os líderes da legenda na Câmara e no Senado Federal, respectivamente, deputado federal Antônio Imbassahy e senador Cassio Cunha Lima.

No dia anterior ao evento, a coordenação jurídica da campanha de Emanuel Pinheiro protocolou uma denúncia no Ministério Público Eleitoral contra Wilson. A acusação é de uso da máquina pública estadual e coação dos servidores comissionados, com ameaça de exoneração. A prática foi classificada pela coligação do peemedebista como “política de cabresto” e “abuso de poder político”.

O grupo pede a cassação do registro de candidatura de Wilson e abertura de ação civil pública contra os agentes políticos supostamente envolvidos no episódio. No caso, o governador Pedro Taques (PSDB) e Elias Santos.

A denúncia está baseada em um áudio gravado por uma servidora da Metamat, no qual Elias Santos, que é irmão de Wilson, convoca os servidores a comparecerem em uma reunião na noite desta quarta-feira, no Hotel Fazenda Mato Grosso. No áudio, Elias diz que a ordem partiu do governador Pedro Taques e garante que o servidor que não comparecer será exonerado.

“O governador Pedro Taques convocou todos os cargos comissionados para uma reunião hoje às 20h30 no Hotel Fazenda Mato Grosso. Todos, sem exceção. Eu vou ser curto e grosso: aquele que não for será exonerado no outro dia. Eu não estou com brincadeira. Aquele que não for será exonerado. Então anotem meu telefone e ao chegarem no hotel me mandem uma mensagem e eu vou estar lá para receber vocês. Era só isso que eu tenho para falar. A reunião terminou”, traz a transcrição do áudio.

Em nota, no mesmo dia, a coligação de Wilson, Dante de Oliveira, reprovou e repreendeu qualquer ato que configure crime eleitoral, “muito embora não haja nenhuma comprovação fática de que a voz apresentada no áudio seja, de fato,” de Elias. Questionado sobre a repercussão da exoneração imediata por parte do governo do Estado, Wilson não acredita que a medida pode ser interpretada como uma “chancela da culpa” de Elias.

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