Por maioria, os vereadores da Câmara de Cuiabá reprovaram, em sessão plenária desta quinta-feira (13), três emendas à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para o ano de 2018, apresentadas pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB) e que garantiam transparência às ações do Executivo.
“Minhas emendas foram criadas para garantir maior transparência na aplicação dos recursos públicos, na criação de novas estruturas dentro do Executivo, bem como a plena participação social na administração e nas peças orçamentárias. A ideia era fortalecer a Câmara Municipal como agente fiscalizadora, mas não houve o entendimento entre meus colegas”, disse Bussiki.
A principal emenda de autoria de Bussiki dizia respeito à obrigatoriedade de que toda a criação de secretarias, órgãos, empresas públicas, empresas de economia mista e de fundações, promovidas pelo Executivo, fosse precedida de uma audiência pública com a participação dos vereadores e da sociedade civil.
A emenda buscava evitar o que ocorreu em abril, quando o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) apresentou o projeto de lei 257/2017 que desmembrou a Secretaria Municipal de Governo e Comunicação, em regime de urgência. Na época, Bussiki votou contra o projeto devido à falta de estudo de impacto financeiro da criação da secretaria, que deveria constar no projeto, além de não tido tempo hábil para emitir o parecer obrigatório da comissão de Fiscalização da Câmara.
“Naquela época, o projeto foi recebido e colocado para votação no mesmo instante, sem que pudéssemos ter analisado antes. Então, com essa emenda, ninguém será mais pego de surpresa. Nem nós, vereadores, muito menos a população, que precisa saber com antecedência o que o Executivo pensa em fazer, afinal, o recurso é publico”, afirmou.
No entanto, a emenda recebeu parecer desfavorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sob a alegação de que “engessaria as atividades do Executivo”, que foi mantido por 17 vereadores. Apenas Bussiki, Felipe Wellaton (PV), Gilberto Figueiredo (PSB) e Abilio Junior (PSC) votaram contra o parecer, sendo a favor da emenda.
“Não quisemos criar óbice às ações da prefeitura. Queremos apenas que a população possa conhecer os impactos financeiros e a origens dos recursos. É simplesmente uma audiência pública. Um direito da população saber o que acontece”, disse.
Outra emenda reprovada prevê que o Executivo disponibilize no site da Prefeitura de Cuiabá as metas físicas das ações prioritárias das áreas de saúde, educação, segurança, infraestrutura e serviços urbanos. Devem ser divulgadas ainda a evolução dessas metas físicas e a apresentação de todos esses dados, semestralmente, perante a Comissão de Fiscalização.
A emenda novamente recebeu parecer desfavorável da CCJ, acatado por 18 vereadores. Somente os vereadores Bussiki e Abílio votaram a favor da "emenda da transparência".
“Com a inclusão de todas essas informações no site da prefeitura, queremos garantir a plena fiscalização não somente pelos vereadores, especialmente nós, que compomos a comissão de Fiscalização, como também de toda a população. É um direito e obrigação garantir a transparência”, reforçou.
Ainda na linha de prestação de contas, outra emenda, que previa que o Executivo divulgasse os relatórios e demonstrativos da LOA no site da Prefeitura de Cuiabá em até cinco dias úteis antes da audiência pública que ocorre quadrimestre na Câmara de Cuiabá, também foi reprovada.
O parecer foi da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi desfavorável e mantido por 18 vereadores. Apenas Bussiki, Felipe Wellaton (PV), Gilberto Figueiredo (PSB) e Abilio Junior (PSC) votaram contra o parecer, sendo a favor da emenda.
Emendas aprovadas – Além das três reprovações, Bussiki teve uma emenda parcialmente aprovada. Foi suprimido da emenda o texto que obriga o Executivo a realizar audiências públicas durante a tramitação do projeto de Lei Orçamentária.
A única emenda aprovada prevê pequenas alterações nas prioridades e metas no Projeto do Plano Plurianual para o período de 2018-2021.
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Carlos Nunes 15/07/2017
Transparência é ótima...parabéns ao vereador Marcelo Bussiki...MAS (sempre tem um mas), 2018 é ano eleitoral, onde vamos eleger Governador, 2 Senadores, Deputados Federal e Estadual. É evidente que a máquina pública federal, estadual e municipal, estará a serviço da eleição, ou não? Quem me provar que não, pode dar a opinião. Caberia ao TRE impedir que a máquina pública servisse a determinado partido, determinado candidato, MAS será que o TRE tem estrutura pra fazer isso? Isso teria que acontecer no país inteiro. É uma missão impossível?
Janderson Amaral 13/07/2017
Srs Vereadores, Vossas Excelências, deviam ter vergonha dos papeis que desenvolvem na câmara. Comem no Cocho do Prefeito e mamam nas tetas da porca gorda que é Cuiabá. O Srs foram eleitos para fiscalizar e legislar em prol do povo, e não dizendo Amém a todos os mandos e desmandos do Prefeito. ACORDA CUIABÁ NÓS NÃO MERECEMOS ESTES COVARDES USURPADORES NOS REPRESENTANDO.
2 comentários