O presidente Michel Temer (PMDB) entregou as respostas aos 50 questionamentos feitos pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (18), no âmbito de uma investigação que visa apurar se houve ou não um esquema para beneficiar concessionárias do setor de Portos com a publicação do decreto 9.048/2017. Segundo o presidente Michel Temer, ele nunca foi procurado pelo senador Wellington Fagundes (PR) “para tratar sobre o novo Decreto dos Portos”. A informação foi dada pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do grupo Globo.
Na pergunta de número 35, a Polícia Federal questionava se o presidente teria sido procurado pelo senador para tratar sobre o novo decreto dos portos. Conforme investigação da Polícia Federal, a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, teria pago propina em troca de vantagens na edição do decreto. Para conseguir o que queria, a empresa teria contado com a influência de alguns atores, entre eles supostamente o senador Wellington Fagundes.
Em junho do ano passado, em depoimento, o executivo Ricardo Mesquita, da Rodrimar, já havia declarado que o senador teria atuado como interlocutor para solucionar os problemas enfrentados pelo setor portuário. Segundo Mesquita, para conseguir a prorrogação da concessão do porto de Santos, a Rodrimar teria recorrida a Fagundes.
As áreas exploradas pela Rodrimar no Porto de Santos já estão com contrato vencido. No entanto, a empresa se beneficiava da lentidão no Governo. Agora, com a investigação em curso, o Governo já decidiu por levar à licitação as 3 áreas exploradas pela Rodrimar.
Procurada pela reportagem do Hipernotícias, a assessoria de imprensa do senador Wellington Fagundes argumentou que “enquanto presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), o senador é voz ativa de reuniões públicas, transmitidas pela internet ao vivo, para formulação dos termos do Decreto dos Portos, distinguindo como importante avanço para a logística e atração de investimentos e geração de empregos”. Nega que tenha cometido qualquer ilícito que possa ter beneficiado a empresa Rodrimar.
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