O governador Pedro Taques (PSDB) se reúne nesta terça-feira (21,) às 10 horas, com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), para discutir a crise do mercado da carne, criada a partir da repercussão negativa da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Policia federal na semana passada.
Alan Cosme/HiperNoticias
Nessa segunda-feira (20), alguns países anunciaram restrições temporárias para a carne produzida no Brasil. Entre eles estão a China, a União Europeia e a Coreia do Sul, que juntas consumiram 27% da exportação de carne no ano passado.
Diante disso, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) proibiu preventivamente a exportação de carnes produzidas pelos 21 frigoríficos investigados na Operação, que revelou esquema de corrupção envolvendo fiscais do Mapa e produtores de carnes.
O esquema envolvia pagamento de propina e adulteração de produtos. Até carne vencida e estragada era colocada a venda, desrespeitando normas sanitárias.
Taques lembra que Mato Grosso já vinha tomando medidas para garantir o padrão de qualidade da carne produzida no estado antes mesmo da investigação policial. Uma dessas medidas foi a criação do Instituto Mato-grossense de Carne (Imac) em outubro de 2015.
“Antes da crise nós já estávamos tratando do fortalecimento do Indea [órgão fiscalizador] também. Ficamos livre da peste suína clássica. E a nossa legislação de defesa sanitária também é um orgulho para nós”, defendeu o governador.
O tucano ainda lembrou a necessidade de não generalizar os fatos da investigação para todos os frigoríficos brasileiros. “Não precisamos de escândalos. Os inocentes não podem pagar pelos culpados. Não podemos comprometer todo um trabalho de décadas. Isso é isolado em determinados frigoríficos”.
Sobre a reunião, Taques disse que vai externar para Temer a preocupação de Mato Grosso com a crise gerada no setor econômico. "Estamos juntos nesse momento que o Brasil passa. Mato Grosso é o maior produtor nacional de rebanho bovino, com 30,3 milhões de cabeças de gado. A preocupação é essa para que não tenhamos prejuízos econômicos", explicou.
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