O delegado Flavio Henrique Stringueta, titular da Delegacia Especializada em Crimes de Estelionato, afirmou que pretende voltar a fazer parte das investigações referentes aos grampos telefônicos ilegais, praticados no âmbito das polícias Militar e Civil, com suposto consentimento de autoridades ligadas o governo de Mato Grosso.
Stringueta foi obrigado a tirar licença para tratar de uma doença crônica, provocada por desregulação do sistema imunológico, que pode acometer todo o sistema digestivo, causando inflamação nos órgãos e dor abdominal. A doença de Crohn não tem cura, mas não é fatal.
Por conta da sua saída houve a necessidade de substituí-lo. O indicado foi o delegado Marcelo Torhacs, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. A indicação ainda precisar ser aprovada pelo delegado-geral, Fernando Vasco, e pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça.
Conforme o próprio delegado, o afastamento das investigações é provisório. Inicialmente, por 30 dias. Mas ele espera voltar às atividades antes disso.
“Espero que antes disso eu já esteja em condições de voltar e ajudar o doutor Orlando Perri nessa árdua tarefa que é esclarecer todos os fatos e trazer à sociedade toda a verdade que ela precisa, tem cobrado, e tem direito de saber”, disse em entrevista veiculada pela rádio Capital FM nesta segunda-feira (17).
Na entrevista, o delegado negou que o afastamento das investigações tenha relação com o fato de ele ter se sentido ameaçado e coagido pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, chefe do Ministério Público Estadual (MPE).
Curvou enviou um ofício ao delegado, que motivou o conflito entre os dois.
"O que eu vi nesse ofício é uma tentativa de intimidação dos delegados que estão tentando simplesmente trazer a verdade à sociedade. Minha saída não teve nada a ver com esse ofício. As pessoas que me conhecem sabem muito bem que esse tipo de embate me anima, me fortalece", pontuou Stringueta.
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