O vice-governador Carlos Fávaro (PSD) rebateu as acusações feitas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de que ele teria pedido incentivos fiscais para uma empresa, com o objetivo de receber uma dívida de R$ 1 milhão. Consta na delação de Silval que Fávaro teria pedido o benefício para receber o valor do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. "Se perguntasse para o Silval, depois de quase dois anos preso, se ele bateu algum prego na mão de Jesus Cristo, ele diria que sim, só para ser solto", afirmou o vice-governador.
Segundo Fávaro, que também é secretário de Meio Ambiente, é preciso separar quem cometeu crimes, "citar quem fez coisa errada e provar". Fávaro argumentou que possuía uma relação comercial "lícita" com o "agricultor" Geller. O vice-governador teria emprestado fertilizantes para o secretário, para ele devolver os mesmos produtos no futuro, mas Geller teve "dificuldades" em pagar.
"Demorou dois anos e meio para me pagar, inclusive até com maquinário. Recebi uma colheitadeira, passei a colheitadeira para frente, porque não precisava daquela colheitadeira, só para poder saldar o compromisso. Se tivesse corrupção, eu ficaria dois anos para receber uma colheitadeira?", questionou o político, durante assinatura da lei de carreiras dos servidores da Sema.
O secretário afirmou que tem muita coisa errada na delação que precisa ser corrigida e que é preciso punir os culpados. Ele ainda reconheceu a delação como um "importante e moderno" instrumento de investigação. "Que a Justiça responsabilize quem cometeu algum ato errado e que dê de volta a dignidade para quem não esteja envolvido", disse.
"Ele chegou me citar na delação dele e eu tenho toda a documentação de uma operação legitima e legal com o Neri Geller. Mas eu não devo responder isso nem a Silval, nem a ninguém. Eu vou me antecipar, juntar toda a documentação e vou levar antecipadamente à Justiça e mostrar que a delação tem falha no que diz respeito ao meu nome", finalizou.
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