Sem entrar em polêmica, deputado lamenta saída de Selma

Mesmo apoiando o ex-vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), na eleição suplementar ao Senado, o líder da bancada de Mato Grosso, o deputado federal Neri Geller (PP) externou que a saída da senadora cassada por cometer crimes eleitorais, Selma Arruda (podemos), não lhe agradou, mas que prefere não “entrar” em polêmica sobre o caso.

câmara dos deputados

“Desde o começo eu manifestei que não gostaria que a senadora Selma fosse cassada, mas como deu esse problema (liminar), a Justiça decidiu pela cassação e, obviamente que é legítimo a posse do Carlos Fávaro, até porque o cargo não pode ficar vago", pontuou. 

A saia justa, se deve ao fato de que Geller apoiava até então a chapa criada por Fávaro para o pleito que seria realizado em 26 de abril, mas adiado, devido à pandemia de Covid-19, o coronavírus. O progressista chegou a participar do ato de convenção realizado pelo PSD no dia 12 de março.

“Para Mato Grosso, eu acho que foi importante a posse do Carlos. Foi bom. Não estou criticando a Selma, mas a questão de ele assumir apenas fortalece o estado”, avaliou o pecuarista e ex-ministro da Agricultura, que possui estreita relação de amizade com o senador empossado, devido ao agronegócio.

Posse do terceiro colocado

O ex-vice-governador do Estado Carlos Fávaro (PSD) tomou posse na manhã desta sexta-feira (17), no Senado Federal, em Brasília. Ele assumiu a cadeira deixada pela juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), cassada por abuso de poder econômico e caixa dois. 

O político assume a vaga após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que o terceiro colocado nas eleições ao Senado em 2018 deveria ocupar o lugar de Selma até que um novo pleito fosse realizado. Na ocasião, ele recebeu 434 mil votos. “Agradeço a Deus por isso e vou trabalhar para honrar cada voto recebido pela população de Mato Grosso”, destacou ao HNT/Hipernotícias. 

Fávaro entrou com pedido para que os membros de sua chapa em 2018 também fossem empossados como titular e suplente. Contudo, Giraldelli rejeitou a demanda apontando que não há nenhum apontamento neste sentido oriundo da decisão do STF.

O ex-vice-governador agora segue como senador, até que a eleição suplementar seja realizada. Porém, o pleito, que estava agendado para o dia 26 de abril, foi adiado sem data prevista para ser realizado por conta da pandemia de Covid-19, o coronavírus.