A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Arruda, reafirmou, nesta segunda-feira (16), que não há provas contra o governador Pedro Taques (PSDB) no processo relacionado à Operação Rêmora.
Conforme a magistrada, caso o empresário Alan Malouf, acusado de participar do esquema, consiga reunir provas o processo passará à esfera federal e eleitoral.
"No processo que estou em mãos, só existe a declaração dele. Não tem nenhuma prova. Agora se ele juntar essas provas, deverá será em outro processo porque ele se refere a caixa dois de campanha. Então é provável que seja na esfera eleitoral e federal e não aqui em Mato Grosso", analisou
Para a magistrada, não é a troca de governo que acabará com a corrupção no Estado.
"Eu como cidadã, acho que seria muita ingenuidade da nossa parte se nós imaginarmos que uma simples troca de governo, de comando do Estado, poderia acabar com um problema existe há séculos. A corrupção é um problema secular no Brasil", avaliou a juíza nesta segunda-feira (16), durante entrevista à rádio Capital.
A Juíza também afirmou que o combate a corrupção não pode ser "personalizado". "Eu não acho que o senhor Pedro Taques seja herói, assim como não sou uma heroína. Não existe heróis. Devemos ter cidadãos unidos com um ideal de uma sociedade melhor. Só asim combateremos a corrupção. Com a participação de todos", descreve.
Selma Arruda é a responsável pela ação penal oriunda da Operação Rêmora, onde solicitou as prisões dos empresários Giovani Guizardi, Alan Malouf e do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB).
Atualmente todos estão respondendo em liberdade.
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