Secretário fala em déficit de R$ 900 milhões mas garante salário de servidores de MT

O governo de Mato Grosso informou nesta terça-feira (08) que o pagamento do salário dos servidores públicos inativos do Poder Executivo será realizado na quarta-feira (09). No dia seguinte, quinta-feira (10), serão creditados os salários dos servidores ativos.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

Segundo o secretário de Fazenda, Gustavo Oliveira, para conseguir quitar as despesas da folha dos inativos, o governo terá que retirar cerca de R$ 140 milhões da Fonte 100 para cobrir do órgão responsável pela previdência do funcionalismo, o MT Prev.  Ao todo, a folha dos inativos é de R$ 150 milhões.

Inicialmente, a previsão para o pagamento dos aposentados era nesta terça-feira. Porém, como os primeiros dias úteis do mês não tiveram a arrecadação necessária, não foi possível reunir o valor para realizá-lo. Conforme Oliveira, o principal período de fluxo de caixa é entre o dia 5 e o 10. No entanto, neste mês, o dia 5 foi um sábado, o que atrasou a arrecadação.

Já quanto a folha de pagamento dos servidores ativos, o governo dever reunir R$ 400 milhões até o dia 10, prazo final previsto pela Constituição Estadual.

Déficit

Conforme Oliveira, o déficit na previdência de Mato Grosso, neste ano, chega a R$ 900 milhões. Todo mês é necessário que o governo faça o aporte para cobrir o rombo. “Isso é dinheiro que sai do Tesouro, dinheiro que poderia estar sendo utilizado em políticas sociais, saúde e tantas outras necessidades do estado, mas que por obrigação legal tem que cobrir esse déficit financeiro da previdência dos servidores do estado”, disse em entrevista à Rádio Capital FM.

“Estudos já mostram que, se esse problema não for corrigido, nos próximos anos esse número tende a aumentar e cada vez mais e consumir recursos do Tesouro estadual, recursos de impostos dos contribuintes, para suprir a previdência dos servidores do Estado”, alerta.

Reforma previdenciária

Diante da dificuldade, o secretário aposta na proposta de reforma previdenciária que entrará em discussão no Congresso Nacional. O projeto foi enviado pelo governo federal e, a partir dele, os estados terão seis meses para se adequarem, promovendo reformas regionais baseadas na proposta de Michel Temer (PMDB).

“Isso vai ficar a critério de cada estado. Então, nós primeiro temos que esperar a aprovação da reforma previdenciária na esfera federal. O cronograma do ministério da fazenda é que essas reformas sejam votadas até outubro. E a partir daí os estados vão ter esse prazo para se adequar”, finaliza. 

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