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Política Domingo, 12 de Junho de 2016, 14:31 - A | A

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Domingo, 12 de Junho de 2016, 14h:31 - A | A

PROJETO POLÊMICO

Secretário explica projeto de PPPs na Educação: "O Estado está comprando escolas novas"

RENAN MARCEL

“Tem caráter inovador, por isso há resistência”, disse o secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon, quando questionado sobre as críticas ao projeto de gestão escolar por meio de Parceria Público-Privada (PPP), que levou à ocupação de mais de 20 escolas nas últimas semanas, em protesto contra a medida.

 

Vinicius Araujo - MT Par

 

Os estudantes que ocupam as escolas enxergam que a proposta do governo “abre as portas” para um processo de privatização. O governo, por sua vez, nega que a PPP tenha o objetivo de privatizar o ensino e acusa o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) de mentir e espalhar boatos contra o projeto, como a cobrança de mensalidade nas escolas públicas.

 

Além de garantir que a PPP não é o início de um processo de privatização na Educação, a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) afirma que também não é uma concessão. Presidente do MT Participações e Projetos (MT Par), órgão responsável pela implantação da PPP, Vinícius de Carvalho explica que a medida é uma compra.

 

“A empresa opera os serviços de gestão e o governo compra esses serviços. O Estado está comprando escolas novas. O temor quanto a isso é que existem muitos interesses comprometidos, muita desinformação propagada por partidos e sindicatos”, disse Carvalho durante uma reunião com a Rede de Controle da Gestão Pública, instituição formada por 13 órgãos estaduais.

 

Previsto para o ano que vem, o processo licitatório foi questionado pelos integrantes da Rede. Um dos principais pontos foram quais serviços seriam licitados e como essas empresas irão geri-los. Carvalho explicou que atualmente o projeto está em fase de modelagem, iniciada em maio. Os serviços previstos são limpeza, segurança, manutenção e construção de escolas, além da possibilidade de atender também a área de alimentação escolar, produzindo as merendas dos estudantes. São serviços chamados de "não pedagógicos" pelos membros do Executivo. 

 

Divulgação

tres primeiros secretários de taques

"Tem caráter inovador, por isso há resistência", diz Marrafon

Com a contratação da empresa vencedora da licitação, os servidores temporários que exercem essas funções devem ser substituídos por funcionários da empresa, cujos salários serão definidos pelo mercado. É deste ponto que se espera tirar grande parte da redução de custos almejada pelo governo, que chega a 25%.

 

“Os salários são definidos pelo mercado de cada categoria profissional. O custo com pessoal será otimizado e o salário é mais convergente com o mercado. É aí que você tem a redução de custos. Acaba sendo o mesmo número de funcionários para para atender a mais funções, de modo que a eficiência do operacional acaba sendo maior, com menos licenças, menos rotatividade”, defende o presidente da autarquia MT Par.

 

A substituição desses funcionários é vista pelos ocupantes das escolas como uma precarização das relações de trabalho no ambiente escolar, uma vez que os novos contratados ficam subordinados à empresa e não à direção da escola. Vinícius Carvalho contesta. Ele afirma que haverá um fiscal do contrato, vinculado à escola, que vai fiscalizar os serviços e avaliar o trabalho dos terceirizados. E em caso de descontentamento, o fiscal pode comunicar a empresa para providências, como possível substituição do servidor.

 

CAPACIDADE TÉCNICA

O contrato de compra desses serviços pode chegar a 35 anos e a empresa vencedora, inicialmente, deve gerir todos eles em 76 escolas estaduais. A quantidade de serviços e escolas para apenas uma empresa gerenciar em Mato Grosso levantou questionamentos sobre a capacidade de a empresa vencedora cumprir com o contrato e oferecer serviços de qualidade ao Estado por todos os 35 anos. Em caso de rompimento contratual, a empresa tem direito à garantia financeira resultante dos rendimentos da Conta Única do Estado.

 

Do debate entre os membros da Rede e os representantes do Executivo surgiu a possibilidade de dividir as 76 escolas em lotes licitatórios e exigir no edital que os serviços sejam feitos por um consórcio de empresas. A ideia será analisada pelo governo. 

 

Mato Grosso tem atualmente 756 escolas estaduais. Segundo o governo, pelo menos 200 delas estão em situações estruturais precárias e pelo menos 45 funcionam em locais alugados.

 

"A proposta é que a empresa privada venha, construa 31 escolas novas, sendo que 11 seriam para substituir os alugueis e o restante seriam escolas novas realmente", disse Carvalho. A medida deve resultar na criação de 40 mil vagas na rede estadual de ensino. "Lá no final, tanto o terreno, quanto a obra viram bens públicos", garante. 

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MARY NEIVA TAQUES 13/06/2016

Boa Tarde! Há dias gostaria de vir a público para tecer o seguinte comentário: " Quanto ao Projeto de Gestão PARCERIA PÚBLICO PRIVADAm será super importante até pela questão da agilidade como as coisas(compras de materiais, etc) são feitas. O que precisa na realidade é um esclarecimento melhor com um vocabula´rio acessível á população. Com certeza será mais fácil de entenderem. Não deixar margem ´para as pessoas que são contra ganhar terreno e ir contra o Projeto, que com certeza terá mais êxito do que ficar esperando a morosidade das licitações, emprenhos.. Pronto desabafei.

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Carlos Nunes 12/06/2016

Pois é, pagamos uma das maiores cargas tributárias do mundo, exatamente para ter os 3 direitos constitucionais básicos (Saúde, Educação e Segurança) garantidos...e não temos garantia nenhuma - a nossa Saúde está um SALVE-SE SE PUDER; a nossa Segurança um SALVE-SE QUEM PUDER; e a Educação não tem Escolas suficientes para atpender a demanda populacional. Aí os governos incompetentes ficam bolando ideias aleatórias para resolver o problema, que foi a falta de planejamento por décadas disso tudo. Recentemente o prefeito Pivetta deu a sua opinião: de ter é uma Parceria-Pública-Comunitária, em vez da PPP. Basta conversar com o CREA-MT; o CAU-MT; a Escola Técnica; o 9º Nono BEC; e outros Órgãos que entendem de Engenharia e Arquitetura...e solicitar que façam "Modelos de Escolas de ALTA EFICIÊNCIA e BAIXO CUSTO", para serem selecionados os melhores. O Engenheiro e/ou Arquiteto que apresentar o melhor projeto de uma Escola bem planejada, e cuja construção e manutenção seja mais barata, ganha um prêmio por ter contribuído com a sociedade toda. Em cima do projeto vitorioso, serão alocados recursos financeiros, e o próprio projetista poderá acompanhar toda a obra, do começo ao fim. Essa ideia é mais ou menos como diz a Bíblia...dai o dízimo, só que dízimo não é só dinheiro, é obra física também. Se os arquitetos e engenheiros pensarem que, um seu filho, ou neto, ou da futura geração, possa vir a estudar numa dessas Escolas que projetou com amor, verá que contribuiu muito para formar os futuros cidadãos...e melhorar o Brasil, Mato Grosso.

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Henrique 12/06/2016

Senhores, o discurso é frágil e com certeza abre precedente para a privatização. Tal afirmação não sou eu que faço, e sim a trajetória do PSDB confirma isso. O que me surpreende é os senhores insistirem em um discurso que já foi rechaçado pela sociedade matogrossense, não caiam na mesma vala do discurso do VLT e das OSS na Saúde. Só tenho uma curiosidade que ainda não foi satisfeita e com certeza, os senhores, intelectuais e mentores do projeto saberão responder: Gostaria de saber qual é o peso do prédio (alvenaria) no aprendizado do aluno? Qual é a influencia do profissional terceirizado na formação de nossos alunos? E por que entre tantas prioridades para a Educação de Mato Grosso os senhores priorizaram justamente essa?

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