O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, comunicou o diretor geral da Polícia Civil, delegado Fernando Vasco Spinelli, que as interceptações telefônicas clandestinas que ocorreram no Âmbito da Policia Civil, tiveram a coordenação da ex-secretária-adjunta de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), delegada Alessandra Saturnino.
A informação é confirmada em ofício assinado pelo secretário nesta quarta-feira (31). O documento, obtido pelo HiperNotícias, tem por base o depoimento da delegada Alana Cardoso à Sesp, que teria afirmado que Alessandra Saturnino, que na época era adjunta do então secretário de Segurança Mauro Zaque, criou a central de escutas “paralela” dentro da própria secretaria.
“(...)Sendo constituída uma força tarefa composta por integrantes das agências de inteligência da PJC, PM, Sesp e Sejudh, cuja coordenação ficou a cargo da delegada de polícia Alessandra Saturnino, à época secretária-adjunta de Inteligência, tendo as estações de trabalho e de monitoramento sido implantadas na Sesp”, diz trecho do documento que teria por base o depoimento de Alana Cardoso.
Ela ainda teria explicado que os números de Tatiana Sangalli Padilha (suposta ex-amante) e Caroline Mariano dos Santos (ex-assessora), ambas ligadas ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, foram monitorados por dois terminais móveis no bojo da “Operação Forti”, sem que fosse produzido relatório técnico expondo os motivos das interceptações e sem que houvesse qualquer relação com atividades ilícitas por membros de organizações criminosas atuantes em presídios do Estado.
Alana ainda teria dito ao secretário que os áudios de Sangalli e Caroline foram separados dos demais áudios da “Operação Forti”, “se tornando uma operação paralela recebida a denominação ‘Pequi’, cujos áudios foram direcionados, via guardião, destinada a um único analista, Rafael Meneguini”, diz outro trecho do depoimento.
Na "Operação Forti", Tatiana Sangalli e Caroline Mariano foram identificadas como “Dama Lora” e “Amiguinha”. A inclusão foi autorizada por Selma Arruda no dia 26 de fevereiro de 2015, após manifestação favorável do Ministério Público.
Flávio Stringueta
Rogers Jarbas ainda diz que, segundo o depoimento da delegada Alana Cardoso, o delegado Flávio Stringueta supostamente forjou a denúncia anônima que o teria informado através de um telefonema de algum orelhão de Várzea Grande, que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro teria infiltrado pessoas na Casa Civil para elaborar um plano “colocar fim” a vida então governador recém-eleito Pedro Taques (PSDB).
"Segundo Alana, após ouvir os áudios dos terminais móveis (65) 9998-1122 e (65) 9208-6867, manteve contato com delegado de polícia Flávio Stringueta, à época títular da GCCO, a quem noticiou todos os fatos relacionados às Opererações Forti e Pequi, bem como o que havia sido detectado nos áudios, sendo acertado, nesta oportunidade, que o último representaria pela interceptação telefônica dos citados terminais móveis, tendo, para tanto, segundo conta dos autos do Inquérito Policial n° 019/2015/GCCO, alegado que soube dos fatos por meio de denúncia anônima realizada por meio de um orelhão público, quando, segundo consta, os fatos chegaram ao seu conhecimento por Alana, o que gerou, conforme divulgado na imprensa, a Operação Querubim", relata Jarbas.
De acordo com o ofício do secretário Jarbas, o depoimento da delegada Alana Cardoso confirma as suspeitas da juíza Selma Arruda de que a “Operação Querubim” foi baseada em uma “história cobertura” criada pelo delegado Flávio Stringueta.
O ofício de n° 1183/2017/GAB/SESP, foi encaminhado no mesmo dia em que Stringueta foi designado para coordenar a força-tarefa de investigação contra os grampos ilegais a pedido do Tribunal de Justiça (TJMT).
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Opinião séria 01/06/2017
O SENHOR SECRETÁRIO ESTÁ COMEDO FALANDO ISSO POIS SABE QUE DR FLÁVIO NÃO VAI PASSAR PANO PRA NINGUÉM KKKKK
EDSON 01/06/2017
vamos apurar sim, mas não vamos tira o foco do mandante. seles fizeram é porque alguem mandou, quem mandou? todos querendo tirar o foco. estamos de olho.
2 comentários