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Política Domingo, 04 de Dezembro de 2016, 14:19 - A | A

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Domingo, 04 de Dezembro de 2016, 14h:19 - A | A

TANGARÁ DA SERRA

Reeleito, Junqueira acredita que colocou fim na instabilidade política de Tangará

RENAN MARCEL

Prefeito de Tangará da Serra, Fábio Junqueira (PMDB) acredita que colocou fim na “maldição da cadeira”, que durante mais de duas décadas levou instabilidade política para o Município, com reviravoltas tanto no Executivo quanto no Legislativo. O peemedebista conseguiu terminar o mandato e foi reeleito nas eleições municipais deste ano com 18.063 votos, o que corresponde a 39,15% dos votos válidos.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Fabio Junqueira/Tangará da Serra/prefeito

 

Localizada no médio-norte de Mato Grosso, Tangará da Serra já viveu altos e baixos no cenário político recente. O histórico é marcado por afastamentos, cassações e eleições indiretas para prefeitos. A instabilidade, iniciada na gestão de Jaime Muraro (DEM), em 1996, contagiou a administração de seus sucessores. De lá para cá, poucos foram os prefeitos que conseguiram "sobreviver" ao cargo.

 

O próprio Junqueira foi destituído, em 2014, pela Câmara Municipal, que declarou a extinção do mandato, após o prefeito ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por improbidade administrativa. A decisão, no entanto, foi anulada meses depois. A Justiça entendeu que haveria dano irreparável ao peemedebista se ele não voltasse ao cargo. Isso porque os supostos crimes já estavam prescritos.

 

“A expectativa agora é fazer um bom segundo mandato, mais eficiente que o primeiro, porque Tangará nunca teve um segundo mandato de reeleição que tenha sido bom. E isso traumatizou um pouco a população”, avalia Junqueira. Ele diz que assumiu um verdadeiro “pepino” no primeiro mandato. Encontrou a cidade com restos a pagar que ultrapassavam os R$ 31 milhões, isso sem contar as dívidas não empenhadas. “A cidade estava destruída do ponto de vista estrutural. Era uma situação deprimente”, diz.

 

Nas eleições deste ano Junqueira enfrentou uma artilharia de acusações e críticas. Para ele, o nível da campanha na cidade se deve ao antagonismo construído no primeiro mandato. “Eu adotei medidas rigorosas. Implantei uma gestão com ações de austeridade para colocar a casa em ordem. Conquistei muita animosidade e antagonismo por causa desses desconforto criado para alguns setores”. Antes de Junqueira, o PMDB havia comandado a cidade na década de 1980. O prefeito era Antonio Porfírio de Brito, mas a sigla ainda era o MDB.

 

HISTÓRICO DE INSTABILIDADE

 

Os sucessivos casos de afastamento de prefeito em Tangará da Serra começaram quando Jaime Muraro era prefeito da cidade pelo PFL, já extinto e que hoje é o Democratas. Eleito em 1996, ele foi reeleito em 2000. Mas no segundo mandato foi afastado pelo menos quatro vezes do cargo e cassado, em sessão bastante tumultuada, pela Câmara Municipal e, em seguida, pela Justiça. Ainda assim, conseguiu voltar ao poder, apesar de haver contra ele sérias denúncias na época.

 

reprodução

tangará da serra

 

Junqueira foi vice de Muraro e chegou a ser afastado também. A prestação de contas do primeiro mandato foi reprovada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal. Por conta disso, o MP entrou com uma ação que resultou na recente cassação dos direitos políticos dos dois, que ainda foram condenados pela 4ª Câmara do Tribunal de Justiça a ressarcirem o erário em cerca de R$ 31 mil.

 

Reeleito em 2008, o radialista Júlio Cesar Ladeia (PR) é outro exemplo. Ele foi afastado pela Câmara Municipal, por nove votos contra um. O republicano enfrentava altos índices de rejeição em 2011, por conta dos problemas administrativos e de ações judiciais do Ministério Público Estadual (MPE), que o acusava de improbidade administrativa. Entre as denúncias estava o desvio de quase R$ 700 mil do Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros, por exemplo. 

 

Durante o período em que Ladeia esteve afastado, a cidade foi comandada pelo vice-prefeito José Jaconias da Silva (PT). Ocorre porém que, meses depois do afastamento, outra reviravolta aconteceria na cidade: o prefeito afastado, seu vice e mais quatro vereadores foram cassados pela Câmara. 

  

Após isso, o presidente da Câmara, Miguel Romanhuk (DEM), já falecido, assumiu de forma interina a Prefeitura. Mas retornou ao Legislativo para conduzir a eleição indireta para prefeito, na qual saiu vitorioso Saturnino Masson (PSDB), hoje deputado estadual. Tangará da Serra foi o primeiro município brasileiro a realizar eleição indireta após a ditadura militar, que durou 21 anos. 

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