O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB), afirmou que aguarda a manifestação do Tribunal Regional Federal (TRF) para colocar em votação o afastamento do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) que se encontra preso desde o dia 15 de setembro por tentativa de obstrução às invstigações oriúndas da Operação Ararath.
"Nós estamos aguardando para saber para qual desembargador federal vai ser distribuído o processo do deputado Gilmar Fabris. Porque o ministro Fux emitiu um despacho submetendo esse processo para o TRF, que seria a instância adequada para um deputado estadual", disse Botelho ao HiperNoticias.
O despacho do processo envolvendo Fabris ocorreu no último dia 10 de outubro pelo ministro Fux e continua em segredo de justiça.
"Com a votação do STF, acredito que o TRF deverá nos enviar o processo para decidirmos sobre o caso. mas só resta aguardarmos", complementou.
Com a decisão por 6 votos a 5, o STF reconheceu que o Congresso obrigatoriamente deve decidir sobre prisões preventivas ou sobre a adoção de medidas cautelares contra parlamentares.
Prisão
Gilmar Fabris foi flagrado deixando a sua residência, juntamente com a esposa, Anglisey Battini Volcov, 20 minutos antes dos agentes da Polícia Federal cumprirem mandados da Operação "Malebolge" da qual foi alvo de busca e apreensão. O deputado carregava uma pasta.
Para o ministro do STF Luiz Fux, a saída de Fabris configurou-se "estado de flagrância quanto ao crime de organização criminosa e especialmente o de embaraço à investigação criminal que envolve organização criminosa".
A decisão ainda revela que agentes da policial federal chegaram a procurar o deputado pelas ruas da Capital. "A polícia logo após descobrir a fuga do deputado estadual Gilmar Fabris, ainda no curso do cumprimento da busca e apreensão, colocou-se em seu encalço", diz outro trecho da decisão. Gilmar Fabris também gravado pelo ex-chefe de gabinete do Silvio Corrêa, onde ele aparece reclamando da quantia de dinheiro que ele, supostamente, teria a receber: "Só um pedaço? Por quê?", questionou o deputado ao chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cesar Corrêa.
O deputado Fabris dialoga sobre a quantia de dinheiro distribuída a cada parlamentar, que seria de R$ 50 mil, e isto seria apenas um "pedaço". A delação do ex-governador foi firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
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