O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Guilherme Maluf (PSDB), negou as declarações contidas no depoimento do empresário e seu primo, Alan Malouf, ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Maluf foi acusado de receber R$ 40 mil oriundos do esquema de recebimento de propinas na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Segundo Maluf, as acusações de Malouf seriam uma estratégia para conseguir liberdade.
Alan Cosme/HiperNoticias
"(...) para se safar da prisão, Alan e Giovani Guizardi tenham ligado seu nome (Guilherme Maluf) a denúncias infundadas, sem absolutamente nenhuma prova concreta", diz trecho da nota.
Maluf também nega qualquer envolvimento em irregularidades na Seduc. Segundo ele, a assessoria jurídica tomará as providências cabíveis para o restabelecimento da verdade. Ele se coloca à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento.
Em depoimento no último dia 12 de dezembro, Alan Malouf confirmou que participava do esquema de recebimento de propina e que o seu primo, Guilherme Maluf, era um dos beneficiários.
"Que em determinada oportunidade, pelo fato de Giovani Guizardi ter um compromisso, que não sabe qual é, o mesmo (Giovani) pediu ao interrogado que entregasse um envelope contendo R$ 40 mil para Guilherme Maluf, oportunidade em que Giovani disse ao interrogado, que era parte do Guilherme no esquema da Seduc, visto que as indicações dos servidores Wander e Moisés da Seduc, os quais participavam do esquema, seriam indicação de Guilherme Maluf", diz trecho do depoimento.
Malouf ainda explica que ao entregar o dinheiro para o deputado não foi questionado sobre o que se tratava os recursos e que Maluf agiu com naturalidade.
Alan Malouf está preso desde o dia 14 dezembro quando foi deflagrada a terceira fase da Operação Rêmora denominada "Grão Vizir".
Alan Malouf foi citado na delação premiada do empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora Ltda, como financiador do suposto caixa dois da campanha do governador Pedro Taques, em 2014. Ele teria tentado recuperar o dinheiro com fraudes na secretaria.
A Operação Rêmora apura cobrança de propina na Seduc na gestão do ex-secretário Permínio Pinto (PSDB).
Leia íntegra da nota:
Acerca das declarações prestadas por Alan Malouf em depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no dia 16 de dezembro, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf, vem a público esclarecer que:
1) Tomou conhecimento do depoimento de Alan Malouf apenas pela imprensa, porém reafirma que não tem envolvimento com qualquer possível irregularidade ocorrida na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
2) O parlamentar lamenta que, para se safar da prisão, Alan e Giovani Guizardi tenham ligado seu nome a denúncias infundadas, sem absolutamente nenhuma prova concreta.
3) A assessoria jurídica do deputado já foi acionada para tomar as providências cabíveis para o restabelecimento da verdade.
4) Por fim, Guilherme Maluf afirma que apoia as investigações e está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento.
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joaoderondonopolis 20/12/2016
MT está lascado nem se fala na população, governador vai ser investigado, bem como o presidente da Assembleia Legislativa. Que situação que vamos assistir.
Altair 20/12/2016
- O Deputado Nilson Leitão foi citado na confissão capenga do Alan, logo, o investigatorio do Gaeco deve ser remetido para o STF, a quem compete ordenar ou não o desmembramento. Neste caso, cabe ao STF e não ao TJMT julgar o HC impetrado pelo Alan, antes do desmembramento.
2 comentários