O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, afirma que o ex-secretário Paulo Taques, mesmo após deixar o governo estadual, continua exercendo grande influência na Casa Civil e em outros órgãos do Poder Executivo, em virtude do prestígio conquistado ao longo dos últimos anos como o homem de confiança do governador Pedro Taques (PSDB).
Marcos Lopes/HiperNotícias
Para Perri, Paulo Taques (Foto) continua tendo influência dentro do Governo
Segundo o magistrado, Paulo Taques estava interferindo deliberadamente para prejudicar as investigações relativas aos grampos telefônicos clandestinos e ilegais no estado, nas quais há indícios de sua participação na organização criminosa composta por policiais militares, supostamente responsáveis pelo funcionamento do escritório de espionagem.
Nessa sexta-feira (04), a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão contra o ex-secretário, por determinação de Orlando Perri. Na decisão, o desembargador diz que a prisão preventiva de Paulo Taques é necessária para evitar destruição ou adulterações de provas. E lembra que o atual secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, é considerado o braço direito de Paulo Taques desde o início do governo.
“Portanto, seu acesso ao Palácio do governador permanece irrestrito [...] Possui amplo e irrestrito acesso a tudo que diz respeito à Casa Civil”, conclui Perri. O desembargador ainda afirma que a saída de Paulo Taques do governo “pode ter sido meramente formal”.
O ex-secretário deixou o cargo no mesmo dia em que o escândalo dos grampos ilegais veio à tona. Na lista de pessoas interceptadadas indevidademente estão políticos, jornalistas e servidores públicos, inclusive a secretária de Paulo Taques, Tatiana Sangalli, com quem ele teve um relacionamento extraconjugal.
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