O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), disse que o PMDB terá que provar que foi uma “vidraça” melhor que a do atual governo, sob Pedro Taques (PSDB), caso o partido encabece o grupo da oposição nas eleições de 2018.
Alan Cosme/HiperNoticias
A sigla é presidida em Mato Grosso pelo deputado federal Carlos Bezerra, que revelou recentemente que um grupo de 12 partidos da oposição já começou as tratativas dos nomes da disputa eleitoral.
Questionado sobre o impacto do escândalo dos grampos ilegais na eleição, caso o governador Pedro Taques seja candidato à reeleição, o deputado diz que é preciso aguardar o término das investigações.
Dal'Bosco também avalia que a utilização dos fatos pela oposição, como é esperado, pode forçar o endurecimento do discurso.
“Quem é a oposição? A gente precisa definir quem é. É o PMDB? E quem é o PMDB? É o partido do [presidente Michel] Temer? Do [ex-governador] Silval?”, questiona Dilmar.
“O presidente Michel Temer tem baixa popularidade e o Silval Barbosa confessou diante da juíza os crimes cometidos na sua gestão”, completou, dando o tom de como os opositores serão tratados na eleição.
Para o democrata, se a estratégia do PMDB for esta, a sigla terá que mostrar “que foi a melhor vidraça”.
MOVIMENTAÇÃO
Exímio articular político, Carlos Bezerra afirma que, em 2018, o grupo de oposição ao atual governo contará com o apoio do Partido Progressista.
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A sigla é comandada em Mato Grosso pelo deputado federal Ezequiel Fonseca, mas o maior nome do PP é o do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, cujo futuro da vida política ainda é incerto.
Em fevereiro deste ano, membros do PP participaram de uma reunião do grupo da oposição, que repercutiu negativamente entre a base aliada. No entanto, após as duras críticas ao governo, Ezequiel “recuou” e declarou o partido apenas como “independente”.
“O PP deverá acompanhar esse bloco de oposição. É provável que vai acompanhar e já está mais ou menos entendido nesse sentido”, disse Bezerra.
Em Cuiabá, na administração do prefeito Emanuel Pinheiro, o PP já está aliado ao PMDB, partido que, ao que tudo indica, deve encabeçar a oposição em 2018.
Bezerra ainda lembra que é cedo para tratar dos nomes da disputa eleitoral, mas revela que um grupo de 12 partidos da oposição já começou as tratativas.
Segundo ele, a preocupação inicial dessas legendas é quanto a formação das chapas proporcionais, para deputado estadual e federal.
“Esse assunto está muito embrionário ainda, mas já reuniram cerca de 12 partidos e tem mais querendo se reunir para atuar em conjunto. Os partidos estão tratando agora das chapas para deputados estaduais e federais”, disse.
“Falar em nomes é muito precipitado, muito incipiente. Até o carnaval do ano que vem ela deve aflorar”, prevê.
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