Eleita com a maior votação para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou, em entrevista a rádio Capital, que não deverá, ao menos no início do mandato do governador eleito Mauro Mendes (DEM), adotar uma postura combativa no plenário do Legislativo estadual.
Segundo a deputada estadual, reeleita para o mandato no último domingo (7), é preciso dar um período de adaptação para o gestor que assumirá o cargo em janeiro, no lugar do governador Pedro Taques (PSDB). Ela, inclusive, relembrou que por um ano e meio o atual chefe do Executivo estadual não teve oposição e '"ez o que quis" na administração do Estado.
"Com relação a gestão do Mauro, fui eleita de forma independente. Ainda não conversamos para saber o que ele pensa. Já estão me cobrando se eu farei isso ou aquilo em relação ao governador eleito. Não adianta as pessoas quererem que eu entre lá raivosa e brigando com quem foi eleito pela maioria. O povo quis ele", afirmou.
Janaina Riva também destacou que por muitas vezes atuou, inclusive, como deputada da base do governador. Ela relembrou diversos episódios em que votou de acordo com a situação e ressaltou que em várias situações chegou a articular com outros parlamentares para que se chegasse ao quórum mínimo do Legislativo estadual para aprovar questões de interesse do Executivo.
"O Taques gostava de passar aquela mensagem de que a oposição só fazia críticas e de que queríamos o quanto pior, melhor. Várias vezes, articulamos para dar quórum e fizemos até o papel de base governista. Eles eram 19 deputados e rotineiramente não tinham quórum para fazer votações que eram importantes de mensagem do próprio governo", disse.
No entanto, para a parlamentar, é preciso mudar de mentalidade. Ela afirmou que pretende entrar no próximo mandato olhando para a frente e esquecer dos últimos quatro anos. Janaina afirmou que abrirá mão de tentar instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de interceptações telefônicas ilegais que envolveu a alta cúpula do governo Pedro Taques, que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. A deputada, inclusive, foi uma das vítimas das escutas.
"Quero entrar nesse próximo mandato esquecendo de tudo que ficou para trás e deixar que a Justiça se encarregue das denúncias que foram feitas, como a própria Grampolândia, tocando meu mandato olhando para frente. A própria CPI dos Grampos, por exemplo, agora não faz mais nenhum sentido. Vamos afastar alguém que já será afastado do mandato?", completou.
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