A prefeitura de Cuiabá irá encabeçar a elaboração de um projeto técnico a ser oficialmente apresentado ao Ministério da Saúde, com o objetivo de “socorrer” a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que há 10 dias está com seus atendimentos paralisados, reflexo de uma grave crise financeira.
Leonardo Prado/Câmara dos Deputados/Agência Brasil
Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, exigiu a apresentação de uma proposta detalhada para definir a possivel ajuda
É o que foi definido na manhã desta quinta-feira (21), em Brasília, durante reunião do ministro Luiz Henrique Mandetta com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), os deputados federais de Mato Grosso, os senadores Jayme Campos (DEM) e Wellinton Fagundes (PR) e os vereadores cuiabanos Wilson Kero-Kero (PSL) e Renivaldo Nascimento (PSDB).
No encontro Mandetta exigiu uma proposta detalhada para que o ministério trabalhe a possível ajuda em seu orçamento. O projeto deverá considerar opiniões e sugestões da diretória da própria Santa Casa, da Câmara de Vereadores e do próprio Executivo. Não foi estabelecido nenhum prazo para a entrega dessa proposta ao Ministério. “Mas devido à gravidade desse problema, que está prejudicando muita gente, quanto mais rápido for elaborado esse projeto, mais breve também encontraremos a saída para esse empasse”, disse o Assessor Especial da Presidência da República, Victório Galli.
Conforme o assessor, chegou-se a cogitar o valor de R$ 50 milhões , como sendo o montante suficiente para dar um alívio às contas da Santa Casa, valor esse que, segundo Galli, foi cogitado pelos próprios diretores da Santa Casa.
Quanto às divergências relacionadas à crise financeira da instituição, Galli defendeu que o Ministério Público abra uma “rigorosa investigação para saber quem está falando a verdade e quem está mentindo com relação a essa questão financeira”, disse.
É que, enquanto a diretoria da Santa Casa alega ter a receber R$ 12,4 milhões da prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde aponta que, ao contrário, é a Santa Casa que estaria devendo a prestação de R$ 24 milhões em serviços ao município.
Galli explica que o prefeito Emanuel Pinheiro usou os R$ 12,4 milhões para complementar a construção do novo Pronto Socorro de Cuiabá, uma vez que, mesmo sendo uma verba carimbada para a Santa Casa, essa entidade hospitalar “havia atingido seu teto para receber verbas federais, ou seja, não podia mais receber e, para não perder os recursos, o prefeito direcionou esses recursos para o novo pronto socorro”, disse o Assessor Especial.
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