O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), disse ter se sentido “muito confortável" ao assinar a carta que justifica porque os ex-aliados do governador Pedro Taques (PSDB) não apoiam o projeto à reeleição do tucano. O documento, divulgado nesta terça-feira (23), elencava diversos motivos para que os ex-aliados abandonassem Taques.
Alan Cosme/HiperNoticias
“Me senti muito confortável para não restar nenhuma dúvida sobre quais foram os motivos pelos quais eu não apoio mais Pedro Taques. Não tem nenhuma inimizade, não quero mal a ele, mas ele não reúne mais as condições para continuar administrando o Estado”, afirmou Mendes, durante celebração dos 40 anos da Televisão Brasil Oeste (TBO).
Ele ainda desafiou o governador a pegar a carta e elencar as mentiras. Dentre os apontamentos feitos pelos 31 ex-aliados, estão o caos na Saúde, falta de medicamento, dificuldade do governo em pagar a folha, falta de capacidade de gestão, não cumprimento de compromissos de campanha, além de ter “quebrado as finanças do Estado”.
“Muita das dificuldades aí presentes foi ele mesmo que as criou. Eu vou continuar defendendo esse ponto de vista e iremos construir um projeto com alternativas e soluções”, comentou.
Mendes também criticou a morosidade de Pedro Taques em encaminhar projetos importantes para a Assembleia Legislativa (AL). Para ele, faltou capacidade de gestão a Taques para tomar medidas na hora correta. Ainda de acordo com Mauro Mendes, Taques insiste em continuar falando sobre crise, mesmo ela tendo terminado ainda em 2017.
“Eu assisti durante meses sendo anunciado que o governo mandaria para Assembleia uma reforma de administrativa, uma reforma tributária, tudo isso foi dito, anunciado várias vezes, mas não chegou. O presidente da AL, Eduardo Botelho, chegou a chamar o governo de incompetente”, lembrou.
Ele também lembrou que o governador prometeu resolver os problemas do Estado com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto de Gastos, aprovada na Assembleia Legislativa, com a promessa de economizar mais de R$ 1 bilhão em dois anos, por meio da suspensão do pagamento de dívidas com a União.
Mauro Mendes disse não ter colocado nenhuma data para decidir se vai ou não disputar eleição, mas a decisão será precedida de muita conversa com a família e a equipe de sua empresa, que está em fase de recuperação judicial. Ainda segundo ele, o momento exige discutir de quem é a responsabilidade pelo Estado estar em situação financeira grave.
“Precisamos debater o que causou isso, quais foram os responsáveis, não só pessoas, mas atitudes e ações. A partir disso, começar a construir propostas alternativas. Quem será o próximo governador, depende de Deus e das eleições de outubro. A discussão do problema precisa ser do tamanho da confusão e alternativas. Isso é muito mais relevante”, concluiu.
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joaquim alexandre neto alexandre 26/04/2018
falou ai um cidadão que não manda nem na casa dele
1 comentários