O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que deflagrou uma articulação interna dentro do PSDB para viabilizar uma possível candidatura ao Senado Federal, pode entrar em rota colisão com o presidente estadual da sigla, deputado federal Nilson Leitão. Isso porque Leitão já havia colocado o seu nome à disposição para a disputar a senatória.
Maluf disse que tem interesse em disputar o Senado e já tem apoio de vários prefeitos e vereadores do partido. Contudo, entende que outros correligionários poderão pleitear a mesma candidatura e que a decisão final será dos filiados.
"Tenho interesse sim, ainda mais quando recebo apoio de vários prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do partido dizendo que defende o meu nome para o Senado. Mas dentro do PSDB pode ter outros candidatos o que é natural e legítimo. Isso só fortalece o partido e no final quem vai decidir são os filiados", disse ao Hipernoticias.
Nesta quarta-feira (30), Maluf participou de uma reunião com 45 prefeitos e vice-prefeitos eleitos, além de vereadores e postulantes que não venceram o pleito deste ano.
Vários deles utilizaram a fala para defender a candidatura de Maluf ao Senado. O deputado estadual Jajah Neves (PSDB), que assumiu a cadeira de Wilson Santos (PSDB) que se licenciou do Legislativo para assumir a Secretaria de Cidades (Secid), disse que a sua atuação na presidência da Assembleia o cacifou para a disputa ao Senado.
“Maluf é preocupado com os prefeitos e vereadores e a sua gestão à frente da Assembleia Legislativa mostra isso. Ele [Maluf] está credenciado, cacifado para representar o nosso estado no Senado e o que vimos aqui não foi um desejo de um e de outro, mas um desejo comum de muitos prefeitos de vários partidos hipotecando apoio para o deputado pleitear uma vaga no Senado com o compromisso municipalista”, disse Jajah Neves.
Leitão disse que vê com naturalidade a disposição de Maluf para disputar o Senado. Ele reafirmou que colocou o seu nome à disposição para disputa majoritária.
"É natural e legítimo ele colocar o nome a disposição. Eu fiz isso em 2015. Disse que não disputo o mesmo cargo mais que duas vezes. Não pretendo ficar décadas e década na
Câmara Federal. Mantenho o meu nome até porque para ser candidato tem querer", disse.
No entanto, Leitão diz que as discussões para a disputa de 2018 só começará a partir de março do ano que vem e qualquer antecipação do debate é prejudicial para o partido.
"O PSDB está preocupado em governar, ajudar o governador Pedro Taques, os prefeitos, vice-prefeitos, deputados e vereadores nas suas gestões. A discussão de quem será candidato ou não fica para março do ano que vem. Antecipar esse debate não é salutar", afirmou.
Além da disputa interna no ninho tucano, a legenda deverá enfrentar outra questão na composição da chapa majoritária que deverá ser conduzida pelo governador Pedro Taques (PSDB) em uma possível disputa a reeleição: espaços para os partidos aliados.
Dificilmente o PSDB conseguirá duas vagas na chapa majoritária que contará com quatro vagas (Governador, vice-governador e dois senadores).
Atualmente o PSDB conta com o apoio de legendas como DEM, PSB, PSD, PSC, PV e PPS.
Nomes como a do ex-senador Jayme Campos (DEM), Mauro Mendes (PSB), Otaviano Pivetta (PSB), Percival Muniz (PPS), do senador José Medeiros (PSD) e do vice-governador Carlos Fávaro (PSD) também são cotados como possíveis candidatos ao senado.
Já o PP do ministro da Agricultura Blairo Maggi também disputará uma das vagas. Apesar do distanciamento entre os progressistas e o governo Taques, a sigla faz parte da base de sustentação do tucano.
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