O major Michel Ferronato, preso durante a Operação Esdras do último dia 27 de setembro de 2017, está prestando depoimento neste momento à delegada Ana Cristina Feldner. Ele chegou no Complexo Miranda Reis escoltado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE).
Ele é acusado de integrar uma organização criminosa instalada na Casa Militar, dentro do Palácio Paiaguás, cuja prática era grampear ilegalmente dezenas de pessoas.
O tenente-coronel Soares, principal testemunha que revelou o plano de gravar o desembargador Orlando Perri e atrapalhar as investigações do "Escândalo dos Grampos", disse em seu depoimento que, em um dos momentos de coação, o Major Michel Alex Ferronato, com quem se encontrou em duas oportunidades no Parque Mãe Bonifácia, ofereceu à ele o posto de coronel da PM em troca de que ele prosseguisse com o plano.
No primeiro dia, Ferronato o questionou sobre o andamento do caso e informou que o secretário Rogers Jarbas iria precisar das gravações, já que as investigações estavam se aproximando de seu nome. Na segunda oportunidade veio a oferta da promoção, que teria acontecido a mando de Rogers Jarbas.
O segundo encontro aconteceu no dia seguinte, quando o major Ferronato, explicitamente, lhe ofereceu a promoção de coronel, “em razão dos serviços que estaria prestando para o grupo”. À ele, também foi pedido que investigasse junto à delegada Ana Cristina Feldner se haveria algo em desfavor do secretário. A preocupação aumentara em razão dos avanços no caso e da exposição de Jarbas na imprensa.
O major Ferronato ingressou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e terá como relator o ministro Antônio Saldanha Palheiro.
Defesa
O responsável pela de defesa do Major, advogado Carlos Frederick, disse que a prisão foi decretada sem "nenhuma prova contra contra Ferronato". "Foi baseado apenas em um depoimento mentiroso do tenente-coronel Soares. Não apresentou nenhuma prova, nenhum áudio que comprovasse prática de ilicítos por parte do major", disse Frederick.
"A mentira desse tenente-coronel induziu o desembargador Orlando Perri ao erro. O que tem que ser investigado neste momento, e a defesa vai pontuar essa questão, é essa conduta do tenente-coronel por propagar tantas inverdades", complementou.
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