Luciane Bezerra sobre Nadaf: "Falar até papagaio fala. Quero ver provar"

A prefeita de Juara (distante 690km de Cuiabá), Luciane Bezerra, comentou sobre as acusações feitas pelo ex-secretário Pedro Nadaf à juíza Selma Arruda de que ela, enquanto deputada, teria recebido R$ 700 mil vindo de uma empresa de fachada. Indignada, a chefe do Executivo municipal disse que aguardará ele provar tal acusação. “Até papagaio fala. Agora, eu quero ver o ônus da prova”.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

Nadaf declarou pela primeira vez que Luciane teria recebido dinheiro irregular quando foi prestar depoimento à Delegacia Fazendária. Na oportunidade ele contou que, a pedido do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), teria entregado o valor à então deputada estadual na época, como pagamento de uma dívida.

Nisso, o pagamento foi realizado com recursos arrecadados de um esquema que desviou R$ 15,8 milhões dos cofres públicos, por meio da desapropriação da área de 55 hectares no Bairro Jardim Liberdade. Esse processo está tramitando na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, denominada Sodoma fase 4. 

“Eu já me coloquei a disposição da Justiça desde o ano passado e inclusive sugeri o sigilo bancário. Neste momento, o que tenho a declarar é que eu nunca participei de um ato de corrupção. Vou esperar a Justiça me chamar e lá todas as dúvidas serão sanadas”, afirmou Luciane.

Ainda na entrevista, Luciane contou que não foi chamada para depor e que os levantamentos foram levantados na época das eleições. “Foi muito conveniente porque foi na época das eleições em Juara. Não tenho nada a temer. Falar é uma coisa provar é outra. Eu fui mesmo algumas vezes à Casa Civil, mas não era para pedir dinheiro e sim para tratar dos assuntos do interior, assim como visitei outros secretários. Agora, o que levou o Nadaf a fazer isso ele é que tem que explicar para a população tudo isso. Outras coisas direi apenas à Justiça”, finalizou.

Sodoma 4

A 4ª fase da Operação Sodoma, investiga crimes de corrupção praticados por uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso.

O foco da Operação Sodoma é o desvio de dinheiro público realizado por meio de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

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