A prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Câmara Municipal da cidade, a pedido do Ministério Público Estadual, afirmou que está tranquila com a apuração e até mesmo apoiou a abertura da investigação por parte do Legislativo Municipal. Por outro lado, a gestora disse que o promotor responsável pelo pedido agiu com “sensacionalismo”. O Ministério Público não quis se pronunciar sobre as declarações da prefeita.
“Dei força até mesmo porque existem demandas do Ministério Público. Como o promotor tem data para ir embora fez muito sensacionalismo, uma divulgação muito grande na imprensa em relação a alguns processos que não são nem concretizados, são simplesmente suspeitas, e com isso colocou a Câmara de Vereadores numa situação muito complicada”, disparou a pessebista.
A CPI foi instaurada na Câmara Municipal de Juara em 6 de novembro como o intuito de investigar a prefeita por supostos atos de improbidade administrativa durante sua gestão. Embora os vereadores neguem que tenham atendido um pedido feito pelo promotor Osvaldo Moleiro Neto, um documento foi encaminhado à Casa no qual cita uma ação em que Luciane estaria sendo processada por atos de improbidade administrativa. Além disso, o Ministério Público busca o ressarcimento dos cofres públicos. O promotor ainda destaca a suspeita de fraudes ou irregularidades nos procedimentos licitatórios da gestão da ex-deputada e disse estar surpreso pelo fato de os vereadores não terem tomado nenhuma medida sobre os fatos até aquele momento.
“Acrescento que, no ano de 2017, a prefeitura de Juara já realizou 23 (vinte e três) dispensas de licitação, 17 (dezessete) cartas convites e 05 (cinco) tomadas preços, todas em investigação”, diz trecho do ofício. Conforme o Moleiro Neto, já foram instaurados 11 inquéritos civis na gestão da prefeita, “todos relacionados com irregularidades em licitações e contratos administrativos”, diz trecho do documento.
“Conversamos, eu apoiei a CPI. Acredito que será o modo mais rápido de dizer à sociedade que não tem erro nenhum, que é simplesmente um entendimento de promotor. Acredito que não haverá problema nenhum. Não temo ela (CPI), desde que não vá para um cunho político, porque isso não é bom para ninguém, nem para o município, nem para mim, nem para eles”, ponderou Luciane.
A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 90 dias para apurar as denúncias, prazo que poderá ser prorrogado por igual período caso necessite.
Preside a CPI a vereadora Ulliane Macarena (PMDB), como secretário foi escolhido Eraldo Markito (PR), como relator Salvador Pizzolio (PRB) e como suplente ficou Hélio Castão (PPS).
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