Depois de tecer duras críticas à capacidade de gestão dos membros do governo de Mato Grosso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), vai promover um jantar na próxima quarta-feira (09) com a presença dos parlamentares da base aliada, do governador Pedro Taques (PSDB) e de seu secretariado.
O cardápio desse jantar prevê a discussão das principais questões envolvendo o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo: o atraso no repasse do duodécimo, a liberação de emendas parlamentares e a aprovação de projetos e matérias de interesse do governo. E o objetivo é selar a paz e cessar as críticas e os ânimos exaltados na base.
No caso do duodécimo, dos quase R$ 350 milhões que o governo deve aos Poderes de Mato Grosso,cerca de R$ 70 milhões são para o Legislativo.
Segundo Botelho, também há uma insatisfação entre os deputados por conta das emendas de 2017 que ainda não foram liberadas, cujos valores somam cerca de R$ 120 milhões.
Ao mesmo tempo, o governo tem a pretensão de enviar projetos polêmicos para a Assembleia e o principal deles é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que pretende limitar os gastos públicos e congelar o valor repassado como duodécimo aos Poderes.
“Vamos fazer uma discussão de todos os assuntos pendentes: emendas, atrasos do duodécimo e os projetos que virão neste semestre. Vamos alinhar tudo isso. “Vamos discutir tudo, inclusive os atritos que estamos tendo”, confirma Botelho.
Na semana passada, o deputado criticou o Executivo. Chegou a chamar a gestão tucana de “incompetente”, por conta de demora no envio de projeto como a PEC do Teto. Além disso, afirmou que o governo estaria se fazendo de “surdo-mudo” na questão do duodécimo.
“Foi uma crítica pontual. Sou parceiro do governador, sou companheiro do governador. Agora, de vez em quando é preciso dar uma 'cutucadinha' para as coisas andarem”, se explicou.
Também na semana passada, a resposta às críticas de Botelho vieram no mesmo tom. Durante a Caravana da Transformação, o governador Pedro Taques incluiu Botelho no rol dos “incompetentes”, por ser aliado do governo tucano.
“O deputado Botelho é nosso companheiro e amigo, se a incompetência existe, ela pode ser dele, pois ele faz parte do governo, não? E mais um detalhe: o Governo do Estado quando encaminha projetos sem discutir, é tido como autoritário, nós estamos discutindo com todos os poderes”, afirmouTaques na ocasião.
Inicialmente, o encontro entre Taques e os deputados estava previsto para ocorrer nesta segunda-feira (07), mas foi adiada por incompatibilidade nas agendas dos convocados. Taques teve compromissos durante toda a tarde com o embaixador da Argentina, Carlos Magariños.
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