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Artigos Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017, 14:52 - A | A

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Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017, 14h:52 - A | A

Na dúvida, a eficiência

Para o novo hospital universitário Júlio Muller, prevê-se a oferta de 275 leitos para internações, mas não se prevê estrutura de Pronto Socorro

WELLINGTON FAGUNDES

 

Assessoria

Senador Wellington Fagundes

 

Em Mato Grosso, a Saúde padece por conta da indecisão e da inabilidade em aplicar recursos já existentes em obras que estão paralisadas ou em ritmo muito lento. Inclusive em serviços que já existem ou contam com projetos perfeitamente executáveis, e isso é inadmissível. Insisto em dizer que obras inacabadas só servem para prejudicar a população, pois representam prejuízos de ponta-a-ponta: desde sua paralisação total à retomada, por conta dos custos de desmobilização, manutenção (quando fazem) e nova mobilização. 


Como já cobrei anteriormente, na nossa capital Cuiabá, o “novo” Hospital Universitário Júlio Muller, na rodovia que liga a capital a Santo Antônio do Leverger, vem ganhando contornos de “velho”, por conta da paralisação que se mantém, sem que nada seja feito para que haja a retomada dos serviços. E enquanto isso, como também já informei, quase R$ 80 milhões repousam há mais de dois anos na conta do governo do Estado, repassados pelo Governo Federal por meio de emenda de toda a bancada de MT, em um trabalho suprapartidário. Aqui cabe destacar também o trabalho da universidade por meio da ex-reitora Maria Lúcia Neder junto ao Ministério da Educação. 


Com os problemas encontrados pelo CREA, temos a certeza de que mesmo empreendendo grandes esforços a partir de agora, ainda assim o novo Hospital Universitário Júlio Muller só ficaria pronto, no mínimo, em 5 anos. E nós definitivamente não podemos deixar surgir outro mal exemplo de gestão e paralisação, como acontece com o "esqueleto" do Hospital Central, abandonado há anos. Por isso, defendi e defendo o planejamento eficaz de todos os recursos de 2017, envolvendo o Governo Federal, o governo do Estado e os municípios mato-grossenses para: 

 

1. Concluir o Novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, no bairro Ribeirão do Lipa.

2. Fazer reparos no atual pronto-socorro de Cuiabá (funcionando em condições precárias).

3. Da mesma forma, reparar o atual Hospital Júlio Müller (no bairro Alvorada) e concluir o Centro de Nefrologia em anexo (que possui obras paralisadas há mais de 2 anos), enquanto o projeto do novo Hospital Universitário Júlio Müller é revisado e o Governo Estadual publica sua licitação o mais rápido possível, ou devolve o convênio para o Governo Federal para não perdermos os recursos.

4. Reformar, ampliar e melhorar os muitos hospitais regionais que necessitam. 

5. Definir com os consórcios municipais as prioridades das unidades hospitalares a cargo dos municípios, com a conclusão de todas obras inacabadas, antes de começar outras novas, como as UPAS e PSFS.


Para o novo hospital universitário Júlio Muller, prevê-se a oferta de 275 leitos para internações, mas não se prevê estrutura de Pronto Socorro. E é bom esclarecer que, até agora, a construção abandonada desse hospital só tem 8% do total previsto. Já o novo Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá, nas imediações do Centro de Eventos do Pantanal, se encontra com cerca de 40% de sua área construída. E quando concluído, oferecerá 300 novos leitos destinados à urgência e emergência, e às internações. Acredito que em todos os sentidos essas informações nos dizem qual a nossa prioridade. 

 

Empreendendo todos os esforços e recursos no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, em Ribeirão do Lipa, podemos terminá-lo em no máximo dois anos e entregar sua gestão à Universidade Federal de Mato Grosso, o que o transformará em Hospital e Pronto Socorro Universitário de Cuiabá. Desta forma, além de atender a população, carente de saúde, também fomentaremos o ensino e a formação de nossos novos profissionais.

 

Essa sugestão é, inclusive, endossada pelo reconhecido dr. Eduardo De Lamonica Freire, professor em atividade da UFMT há mais de 40 anos, ex-reitor da mesma universidade no período 1984/88, e coordenador da implantação do Curso de Medicina como primeiro Diretor de sua Faculdade. Ele, assim como eu, acredita que o mais difícil não é colocar projetos em prática – ou mesmo rearranjar um já existente – mas lidar com a inércia da indecisão.

 

Como relator da LDO, juntamente com meus colegas parlamentares da bancada federal, alocamos uma emenda impositiva (ou seja, que obriga o Governo Federal a liberar o recurso) no orçamento da União de 2017, no valor de R$ 167 milhões, para serem investidos nas unidades de saúde de Mato Grosso, preferencialmente para equipar o novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, que eu ousaria dizer que é de Mato Grosso, pois recebe as ambulâncias com pacientes dos municípios do interior do Estado e até de países vizinhos.

 

Com o Hospital e Pronto Socorro tornando-se universitário, independente da titularidade da Administração, ou que ela seja compartilhada, corrigiremos uma importante lacuna existente na formação do atual médico graduado, qual seja, o fraco conteúdo prático em urgência e emergência em Cirurgia, em Clínica Médica e em Pediatria. Com esta nova estrutura, poderemos também ampliar, imediatamente, o número de Programas de Residência Médica para diversas especialidades.

 

Não podemos tratar a Saúde prioridade apenas em época eleitoral. A solução apresentada não se dirige apenas ao término de duas obras de construção de hospitais públicos. Mais do que isto, a partir da audiência que realizamos em Brasília, e junto a essa proposta, sugiro também debater, planejar e executar uma Política Estratégica de Desenvolvimento da Saúde Pública de todo Mato Grosso, totalmente focada no interesse público e visando gerações futuras.


Priorizar investimentos é sempre priorizar o cidadão.

 

*WELLINGTON FAGUNDES é senador por Mato Grosso e líder do Partido da República no Senado.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 20/01/2017

Quantos mandatos esse digníssimo senhor já teve por MT? Não sei porque eu conto isso; mas parece que já teve vários. Por que o Nosso Hospital Central está parado na construção há décadas? Por que ele, em todo esse tempo, não deu uma cutucada nos Governadores que passaram, dizendo: Governador, toca a obra do Hospital Central, porque está morrendo gente, Governador! E morreram crianças, idosos, até por falta de UTI. Só o Blairo Maggi tem dois mandatos de Governador, e não colocou um tijolo no Hospital. A realidade dura, nua e crua, é que Saúde não é prioridade coisa alguma, nunca foi, e nunca será; pois as autoridades não dependem do SUS; todas tem plano de saúde particular; e quando ficam doente, pegam um avião e vão tratar nos grandes centros, com os melhores especialistas. A nova prioridade desse Governo será o VLT, onde vão arrumar dinheiro de qualquer jeito, 1 BILHÃO DE REAIS para torrar na obra - 600 MILHÕES vão emprestar da Caixa Econômica, para nós pagarmos as parcelas depois, brevemente; 200 MILHÓES vão sair da isenção de impostos das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, dinheiro que era para entrar nos cofres municipais e ir para a Saúde, a Educação Básica, as Creches, e obras essenciais para o povo, principalmente os mais carentes; o resto eles arrumam.

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