O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação contra 187 deputados federais e 25 senadores para investigar a utilização de passagens aéreas durante o exercício dos seus mandatos. O benefício faz parte das Cotas para Exercício da Atividade Parlamentar, mais conhecida como "Cotão".
Paula Cinquetti/Agência Senado
Senado vive dia atípico, com a primeira sessão numa sexta-feira, após um ano e sete meses.
Entre os investigados aparecem os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), Victório Galli (PSC), além do senador Wellington Fagundes (PR).
A Procuradoria Regional da República na 1ª Região (PRR-1) pediu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região que seja feito “o exame das condutas” dos parlamentares e que os casos desses atuais congressistas fossem enviados para o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Sozinho, o benefício custa até R$ 253 milhões por ano às duas Casas.
O HiperNoticias resolveu averiguar quantos Carlos Bezerra, Victório Galli e Wellington Fagundes gastaram com passagens aéreas de 2015 até o dia de hoje (22).
De acordo com os dados disponibilizados no Portal Transparência do Congresso Nacional, Bezerra foi o que mais utilizou o benefício das passagens entre os três Mato-grossenses investigados.
Em 2015, o experiente deputado que está em seu quarto mandato na Câmara Federal gastou R$ 71.900 mil com passagens aéras. Já em 2016 o montante de R$ 72.158 mil e até fevereiro já foram R$ 8 mil em passagens.
Nestes pouco mais de dois anos de mandato dentro desta legislatura, Bezerra gastou um total de R$ 152 mil só com passagens aéreas.
Já Wellington Fagundes (PR) gastou nos seus dois primeiros anos de Senado um o total de R$ 126.388 mil com passagens aéreas. Em 2015 o custo total foi de quase R$ 50 mil. Já no ano passado Fagundes gastou R$ 67.998 mil e neste ano já são R$ 8.590 mil.
Já o novato Victório Galli (PSC) gastou em 2015 cerca R$ 59 mil com passagens aéreas. Em 2016 o gasto com o benefício foi registrado em R$ 53.935 mil, e, em 2017 já está em R$ 6.410 mil.
O hiperNoticias ligou várias vezes nos celulares dos três representantes Mato-grossenses no Congresso, porém não fomos atendidos e até o momento não retornaram as nossas ligações.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do senador Wellington Fagundes respondeu sobre as investigações.
Leia nota na íntegra.
1 - Recebo essa notícia com estranheza, visto que numa matemática simples se chegará a conclusão que os valores apontados na referência de despesas são absolutamente correspondentes e compatíveis aos quatro deslocamentos mensais que realizo entre Mato Grosso e Brasília.
2 - Observo ainda que essa e outras despesas do exercício parlamentar se encontram publicadas no Portal da Transparência, ao qual todo e qualquer cidadão pode ter acesso.
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