Terça-feira, 23 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Política Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 18:04 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 26 de Setembro de 2017, 18h:04 - A | A

DEPOIMENTO NA PF

Fabris conta que recebeu R$ 1 milhão de Silval por venda de mansão em Jurerê

JESSICA BACHEGA

Em depoimento à Polícia Federal, no último dia 15 de setembro, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) disse que esteve no gabinete do delator Silvio Cezar Correa Araújo, em 2014, para receber a parcela de uma dívida que o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), tinha com ele.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

gilmar fabris

 

Segundo o parlamentar, o peemedebista teria comprado sua mansão em Jurerê Internacional, Florianópolis (SC), por R$ 3,5 milhões. Parte desse valor já havia sido repassada e, no dia em que esteve na sala de Silvio Cezar, ele teria ido buscar o restante.  

 

Na ocasião, Silvio Cezar gravou Gilmar Fabris em seu gabinete e, na delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), entregou o vídeo como prova de pagamento de propina aos deputados estaduais, que ficou conhecida como “mensalinho”, verba destinada a comprar o apoio e a governabilidade na Assembleia Legislativa.

 

“O declarante [Gilmar Fabris] confirma que estava ali (no vídeo) cobrando Silvio - que tinha ficado responsável de fazer a finalização do pagamento da residência comprada pelo então governador Silval Barbosa ( propriedade em Jurerê Internacional, Florianópolis/SC), no valor de R$3.500.000,OO”, diz trecho do depoimento obtido pelo HiperNotícias.

 

O deputado lembrou que, naquele dia e no vídeo, acabou não recebendo o dinheiro. “Na ocasião em que o declarante foi cobrar a dívida acima citada, não se encontrou e não se comunicou com nenhum outro deputado estadual, bem como nenhuma outra pessoa que aparece no vídeo mencionado”, completa outro trecho do depoimento.

 

Conforme o documento, o acordo com Silval para a venda da casa em Jurerê foi “de boca”.O ex-governador já havia pago, R$ 1 milhão pela mansão, por meio de um homem identificado apenas por Kaká, que seria dono de posto de gasolina na saída para Chapada dos Guimarães.   

Alan Cosme/Hipernotícias

PF CASA GILMAR FABRIS

  

“O declarante recebeu uma ligação de uma pessoa chamada Kaká (cujo nome completo não sabe informar, mas sabe que ele é dono de posto, que fica na saída para Chapada dos Guimarães), o qual pediu para comparecer em seu escritório. Lá disse que o então governado tinha determinado o pagamento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); que o declarante [Fabris] tem quase certeza que ele pagou em cheque”. 

 

Questionado, o deputado disse que Silval nunca havia lhe dito que o dinheiro utilizado para pagar a compra da casa seria oriundo dos esquemas de corrupção e cobrança de propina, que foram apontados em sua gestão.  

 

“O declarante não acha estranho ter recebido o pagamento por meio de um terceiro. Até porque sempre teve o senhor Silval como fazendeiro da região de Matupá, rico, dono de empresas de rádio e de comunicação e, até então, esse era o conceito que tinha dele, de que era um homem sério e rico”, argumentou o deputado.

 

A casa em Jurerê está registrada em nome de Valdir Piran, dono de factoring. Fabris contou no depoimento que já havia vendido a mansão para o empresário, há pelo menos 10 anos, mas ele permitiu que o deputado continuasse usufruindo do local, mesmo tendo pago, à época, aproximadamente R$ 700 mil. O acordo entre eles ainda previa que Fabris poderia recomprar a casa futuramente, pagando apenas o preço original e a correção do INPC para Piran.

 

“[Fabris ]Poderia pagar apenas o valor originário acrescido da correção pelo INPC, pois Valdir não tinha interesse no imóvel. Apenas comprou para ajudar o declarante que não estava dando conta de terminar a casa, tanto é verdade que a casa continuou na posse do declarante, que a continuou usando com o compromisso de arcar com as despesas de manutenção do imóvel pois o comprador, como já disse, não tinha interesse de usá-la, e raras vezes, nesses anos todos, esteve na casa”.

 

Apesar de ter recebido R$ 1 milhão e ter comunicado Piran da venda da casa para Silval, o deputado também disse que não repassou o valor a Piran.

 

Fabris está preso desde o dia 15, acusado de obstruir a Justiça. Ele havia sido alvo de mandados de busca e apreensão no dia anterior, quando a PF deflagrou a 12ª fase da Operação Ararath, denominada Malebolge. Mas teria saído de casa com uma pasta antes mesmo dos mandados serem cumpridos. O parlamentar atualmente está no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros