O deputado federal Fábio Garcia (PSB) decidiu recorrer da decisão da Executiva Nacional do PSB que destituiu toda a direção estadual em Mato Grosso da qual o parlamentar presidia. O documento será encaminhado conjuntamente com outros três correligionários que também sofreram as mesmas sanções - deputados Danilo Forte (CE), Tereza Cristina (MS) e Maria Helena (RO), por terem votado a favor da reforma trabalhista que teve o seu texto base aprovado na última quarta-feira (26) com 296 votos a favor e 177 contra.
Alan Cosme/HiperNoticias
Fábio Garcia diz que votou com a sua consciência e também questiona a decisão da direção nacional que decidiu em cima da hora que seriam contra a reforma.
Apesar da decisão, Fábio Garcia vem ganhando apoio de todas as lideranças da legenda no Estado.
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) deputado Eduardo Botelho (PSB) criticou a decisão da executiva nacional da sigla. "Eu acho que Fábio votou certo. Votou pelo Brasil, votou pelo país. Ele votou com a consciência. E Eu entendo que cada parlamentar nesses momentos tem que ter independência. Essa decisão foi mais ideológica do PSB do que com a razão", avaliou.
Já o deputado federal Adilton Sachetti (PSB) que não participou da votação, mas que havia anunciado que era a favor da reforma, classificou a destituição da direção como um "grande erro".
"É um grande erro do partido fazer isso. Primeiro seria uma censura ao deputado. Não teve nenhuma decisão do partido em tempo hábil", afirmou.
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Manifesto
As principais lideranças do PSB em Mato Grosso decidiram lançar uma nota de apoio ao deputado Fábio Garcia. O movimento está sendo liderado pelo ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) e pelo deputado licenciado e atual secretário estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) Max Russi (PSB).
Assinarão o manifesto os deputados estaduais Eduardo Botelho, Mauro Savi, Adriano Silva e Oscar Bezerra. Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores também irão assinar o manifesto.
Estatuto
De acordo com o artigo 10º do estatuto do PSB, o parlamentar que "não subordinar sua ação e atividade político legislativa aos princípios doutrinários e programáticos, às decisões e às diretrizes emanadas dos órgãos de direção partidários está sujeito às seguintes sanções disciplinares, como: desligamento temporário da bancada; suspensão do direito de voto nas reuniões do Partido; perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da proporção partidária na respectiva casa legislativa".
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