O deputado federal Fábio Garcia (DEM) chamou de “fake” a inauguração do Hospital Municipal de Cuiabá, feita pelo prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), juntamente com o ex-governador Pedro Taques (PSDB). O parlamentar afirmou, após uma reunião nesta sexta-feira (18), no Palácio Paiaguás que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que a cerimônia realizada no último dia 28 de dezembro atendeu a vaidades de pessoas que queriam ter o nome na placa da obra.
Garcia, que deixará o cargo no próximo dia 1º de fevereiro para se tornar o primeiro suplente do senador eleito Jayme Campos (DEM), destacou que a promessa inicial de Emanuel Pinheiro era a de inaugurar a obra no aniversário de Cuiabá, dia 8 de abril, em 2018, quando a Capital completou 299 anos.
“Lamento muito ver a obra sendo tocada desta forma. O compromisso do prefeito era de entregar o hospital em abril do ano passado. Foi uma inauguração fake. Infelizmente a vaidade para colocar o nome de algumas pessoas na placa foi maior do que o interesse público, neste caso. Foi algo absolutamente desnecessário”, afirmou.
O deputado destacou ainda a ausência do ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), assim como a do seu então ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), na inauguração. Ambos desistiram de vir à Cuiabá, dias antes da entrega da obra. O novo hospital fazia parte do programa “Chave de Ouro”, do Governo Federal.
“O Michel Temer e o Carlos Marun não vieram. Nenhum governo vai exigir uma inauguração mentirosa para poder liberar recursos. Isso é conversa fiada. Você acha que um presidente da República ia se prestar a um papelão destes de inaugurar uma obra que sequer irá funcionar no dia seguinte. Ninguém está feliz com a inauguração”, destacou.
De acordo com Fábio Garcia, o novo Hospital Municipal de Cuiabá só deveria ser entregue quando pudesse atender a população. Segundo o parlamentar, a população, maior interessada na obra, não está preocupada com o nome de quem está na placa da obra, mas sim se ela está sendo atendida no local.
“O hospital deveria ser inaugurado quando tivesse pronto para atender as pessoas. Para quem está na rua, não interessa se a obra está com placa e foi inaugurada, mas sim se está funcionando e atendendo as pessoas. O que aconteceu foi um desperdício gastando dinheiro público em uma inauguração e no dia seguinte, ele não estava atendendo ninguém. População não quer saber se teve banda, festa ou palco. Acabou a época da política do pão e do circo”, completou.
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