Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

Política Quarta-feira, 19 de Julho de 2017, 16:34 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 19 de Julho de 2017, 16h:34 - A | A

SENTINELA

Ex-secretário diz que colaborou com melhorias de sistema de interceptações Sentinela

RENAN MARCEL

Ex-secretário-adjunto da Casa Militar, o coronel Ronelson Jorge de Barros disse em depoimento à Corregedoria da Policia Militar que colaborou com o aprimoramento do sistema de interceptações telefônicas denominado Sentinela.

 

Mayke Toscano/Hipernoticias

comando geral/qcg

 

O projeto foi criado e desenvolvido pelos cabos da PM Euclídes Torezan e Gerson Correa Júnior, quando estes dois trabalhavam no Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

 

Segundo ele, a colaboração foi técnica e ocorreu a pedido de Gerson. Barros contou que foi incluído no grupo de WhatsApp cujo nome também era Sentinela e que era administrado por Torezan. Lá, segundo o coronel, trataram exclusivamente de algumas sugestões para melhoria do sistema.

 

O ex-secretário-adjunto disse que, quando foi abordado, “não vizualizou e não visualiza até o presente momento que o desenvolvimento do software não intrusivo seja ilegal, por isso concordou em ajudá-los”.

 

Preso desde o dia 23 de junho, Barros foi interrogado pelo também coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, que conduz o inquérito policial militar responsável por apurar o caso dos grampos telefônicos ilegais praticados no âmbito da Polícia Militar de Mato Grosso.

 

Conforme o depoimento, realizado no dia 27 de junho, Ronelson Barros tomou conhecimento do sistema Sentinela em fevereiro de 2015, quando já não fazia mais parte do Gaeco e estava na Casa Militar.

 

reprodução

RONELSON 3

 Trecho do depoimento com as sugestões de Barros para o aprimoramento do sistema Sentinela.

 

Empréstimo

 

Quem também tinha conhecimento que os cabos Gerson e Torezan era o ex-secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco.

 

Em depoimento realizado no último dia 4 de julho, ele contou à Corregedoria da Polícia Militar que emprestou R$ 24 mil para Gerson, em abril de 2015.

 

Na ocasião, Gerson teria dito que estava participando do desenvolvimento de um sistema criado pelo também cabo da PM Euclídes Torezan, com quem trabalhava no Gaeco. A ferramenta ainda contava com o apoio de um civil identificado como Sr. Marilson.

 

Reprodução

escutas

 

Lesco disse ainda que emprestou o dinheiro por acreditar que a “solução tecnológica era não intrusiva”, ou seja, que dependeria de uma decisão judicial direcionada às operadoras para interceptar as chamadas telefônicas. Dessa forma, para Lesco, a ferramenta era legal, assim como acredita Ronelson Barros.

 

Ele justificou o empréstimo também por perceber que Gerson estava buscando “melhorar as suas condições de remuneração e melhor a dignidade da vida de sua família e prosperar a sua vida social”. O grupo acreditava que o sistema tecnológico, posteriormente batizado com Sentinela, encontraria um mercado muito promissor.

 

Segundo Lesco, Gerson era de sua total confiança e sempre procurava o coronel. O cabo, inclusive, “sempre esteve no convívio da família” de Lesco. Os R$ 24 mil foram emprestados por meio de cheque.

 

Mas, apesar da proximidade, o cabo não teria dito ao coronel como iria, efetivamente, utilizar o dinheiro. Entre agosto e setembro de 2015, Gerson voltou a pedir dinheiro emprestado a Evandro Lesco.

 

O cabo argumentou que estava passando dificuldades financeiras para manter o escritório onde estudava e fazia peças como advogado. Nessa época, o novo valor emprestado foi de R$ 2,4 mil. E dias depois, segundo o depoimento do próprio coronel, Lesco emprestou mais R$ 1 mil para Gerson. Conforme o coronel, Gerson nunca detalhou como iria empregar o dinheiro.

 

De acordo com as investigações Gerson, no Gaeco, gozava de plena confiança dos promotores e era o chefe do setor de monitoramento de telefone. Além de verificar o conteúdo das interceptações, Gerson produzia os relatórios e fazia os pedidos para a Justiça prorrogar ou incluir novos números no processo para serem grampeados.

 

O cabo é apontado como o operador do esquema ilegal de grampos clandestinos e foi preso em 23 de maio, juntamente com o coronel Zaqueu Barbosa. Segundos as investigações, o escritório de espionagemfuncionava na sala que o cabo mantinha.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros