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Política Terça-feira, 18 de Julho de 2017, 07:35 - A | A

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Terça-feira, 18 de Julho de 2017, 07h:35 - A | A

GRAMPOS NAS OPERAÇÕES

Ex-diretor do Gaeco revela "erros não intencionais" em interceptações telefônicas

RENAN MARCEL

Ex-diretor de inteligência do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, o coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, afirmou em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, que é comum as operações do Gaeco expandirem a quantidade de terminais telefônicos interceptados.

 

Reprodução

Taques e Lesco

Coronel Lesco confirmou que em diversos casos existem equívocos de números interceptados

Disse também que, no decorrer das investigações, pode haver “equívocos não intencionais” dos analistas responsáveis pelos números grampeados. E por isso, não era raro haver decisões judiciais autorizando interceptações telefônicas com números de “terminais estranhos à devida operação”.

 

“No decurso de uma operação onde figuram inúmeras pessoas, os analistas que lidam principalmente com números podem, de forma não intencional, cometerem equívocos. Pode haver confusão de homônimos e é perfeitamente razoável em uma operação com interceptação telefônica o cometimento de erros relacionados a cadastro”, diz trecho do depoimento.

 

“Já ocorreu de promotor de Justiça inserir seu próprio terminal na representação, em razão do volume muito grande de operações que o Gaeco sempre conduz”, disse. Segundo o coronel, já houve decisões judiciais autorizando analistas já desligados das atividades do Gaeco a acompanharem escutas telefônicas.

 

Conforme o depoimento, quando esses erros eram detectados a correção era imediata. O Gaeco enviava ofício às Operadoras de Telefonia, solicitando a suspensão do desvio de chamada dos números interceptados erroneamente, de forma não intencional.

 

Lesco está preso desde 23 de junho no Batalhão de Operações Especiais (Bope), e até então era o chefe da Casa Militar. Depois da prisão, foi afastado provisoriamente, mas sem remuneração, pelo governador Pedro Taques (PSDB). 

 

No Gaeco, o coronel era o chefe do cabo da PM Gerson Correa Júnior, com quem trabalhou desde 2009. Gerson é apontado como o operador do esquema de grampos telefônicos ilegais. Além de verificar o conteúdo das interceptações, Gerson produzia os relatórios e fazia os pedidos para a Justiça prorrogar ou incluir novos números no processo para serem grampeados. Quando saiu do Gaeco, o cabo foi nomeado na Casa Militar. Ele está preso desde o dia 23 de maio.

 

Lesco ainda confirmou que foi ele quem apresentou o cabo ao coronel Zaqueu Barbosa, que também está preso desde 23 de maio, para a operação contra policiais militares em Cáceres. Zaqueu, por sua vez, afirmou em depoimento que não fiscalizou integralmente o trabalho de Gerson, pois este gozava de plena confiança dos promotores do Gaeco e era o chefe do setor de monitoramento de telefone. 

 

Leia mais:

 

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