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Política Quinta-feira, 29 de Junho de 2017, 07:34 - A | A

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Quinta-feira, 29 de Junho de 2017, 07h:34 - A | A

COM MEDO DE MORRER

Ex-comandante do Bope diz que teme vingança de policias investigados por tráfico em Cáceres

RENAN MARCEL

Preso desde o último dia 23 de maio, o ex-comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa, afirmou que teme pela sua integridade física e também de sua família. O motivo seria por conta da divulgação dos nomes dos policiais militares que foram alvos de uma investigação comandada por ele em 2014. 
 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Operação Boas Festas/police/PM/polícia/Coronel Zaquel

Coronel Zaqueu Barbosa teme por sua morte, mesmo estando preso no Bope

Zaqueu foi preso acusado de chefiar um esquema de grampos ilegais que tem o suposto envolvimento de diversos outros nomes da PM, inclusive outros coronéis.
 
Esses policiais investigados em 2014 estariam envolvidos com tráfico de drogas na região da fronteira, em Cáceres, repassando informações aos criminosos. Além disso, são suspeitos de outros crimes, como cobrança de propina, receptação, assaltos e até agenciamento de homicídios.
 
A declaração foi feita em depoimento na última terça-feira (27), no Quartel do Comando Geral, em Cuiabá. Em um dos trechos do depoimento, Zaqueu reconhece a periculosidade dos policiais militares investigados e lembra que está preso em uma unidade que tem apenas um  policial fazendo a guarda durante o período da noite. Ele está preso no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
 
Ainda conforme o depoimento, Zaqueu esteve em Cáceres quando foi realizada a passagem de comando regional entre os coronéis Alessandro Ferreira da Silva e Cilson Oliveira. Isso ocorreu  em setembro de 2014. Nesta ocasião, Zaqueu soube pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira das denúncias contra os policiais.
 
O magistrado é autor da primeira decisão que determinou a interceptação telefônica contra os policiais. O processo, posteriormente, foi utilizado como barriga de aluguel para os grampos ilegais. 
 

Conforme a primeira decisão do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, na época da Primeira Vara Criminal de Cáceres, o Ministério Público do Estado (MPE) acusou o tenente-coronel da Polícia Militar Alberto Gonçalves de Paula de “orquestrar o tráfico de entorpecentes”.

 

Os crimes tiveram a participação de policiais militares do 22º Batalhão, inclusive quando eles estavam em função. Um dos principais suspeitos na época era o sargento Timóteo Lucena Pessoa, que teria contatos também com criminosos de Sinop. Outro nome investigado foi Joelson Leonel da Silva, então cabo da PM.

 

Em 03 de outubro de 2014, o magistrado autorizou as escutas e determinou que o policial Gerson Luiz Ferreira Correa tivesse acesso às conversas interceptadas, em tempo real, pelo período de 15 dias.

 

Naquela lista de telefones, havia 18 números para serem monitorados. Um deles era do jornalista José Marcondes Muvuca, identificado pelo apelido de “Mumu”, que disputou o governo no primeiro turno das eleições daquele ano, em 5 de outubro. Outro pertencia a Tatiana Sangalli Padilha, ex-amante do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

 

Dez meses depois, em 12 de agosto de 2015, o juiz autorizou nova quebra de sigilo e interceptação telefônica, além de prorrogar as anteriores. Isso porque o relatório encaminhado por Gerson revelou que havia “uma verdadeira organização criminosa, composta em sua maioria por policiais militares, os quais estariam controlando o comércio de entorpecentes na região fronteiriça com a Bolívia”.
 

Foi a partir daí que entraram na lista de grampeados os números de telefone da deputada estadual Janaína Riva (PMDB) e do desembargador aposentado José Ferreira Leite, além de servidores públicos, médicos, professores e jornalistas. Muvuca e Tatiana também continuaram grampeados. Todas as pessoas eram tratadas por apelidos no monitoramento.

 

Outro policial incluído na lista de interceptação foi o “Sargento Clemilson”, tido como “pupilo” do tenente-coronel Alberto Gonçalves de Paula. Ele era responsável pela segurança da fazenda Grendene, local onde os traficantes estariam armazenando “quantidades consideráveis de entorpecentes”.

 

Ainda nesta segunda decisão, o magistrado também ampliou o número de policiais com permissão a ter acesso às gravações. Além de Gerson, Clayton Dorileo Rosa de Barros e Andrea Pereira de Moura Cardoso puderam receber os dados por 15 dias. 

 

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