Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

Política Quinta-feira, 25 de Maio de 2017, 08:10 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 25 de Maio de 2017, 08h:10 - A | A

PREOCUPAÇÃO

"Estamos perplexos. Não sabemos os objetivos desses grampos", diz promotor

RENAN MARCEL

O promotor de Justiça Marcos Bulhões, chefe do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, se diz perplexo e preocupado com a revelação de que um membro da inteligência do Gaeco também foi vítima do esquema clandestino e ilegal de interceptações telefônicas em Mato Grosso.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

promotor marcos bulhoes

Chefe do Gaeco, Marcos Bulhões

“Essa informação trouxe um estado de perplexidade. Estamos preocupados porque não sabemos com qual objetivo foi feita essa interceptação”, disse Bulhões.

 

O promotor reconheceu o risco imposto a informações privilegiadas sobre as operações, como possíveis vazamentos e antecipações da atuação do Gaeco para os alvos das investigações. “Certamente por ter ocorrido, mas não temos como saber”, completou.

 

Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), as escutas começaram em 1º de outubro de 2015 e o telefone grampeado era utilizado por uma oficial da Polícia Militar que atuava no Grupo. De lá para cá, o Gaeco trabalhou em quatro operações: Metástase, Chacal, Seven e Rêmora. Essa última investigava esquema de corrupção praticado dentro da atual gestão.

 

Bulhões descartou qualquer prejuízo jurídico para as ações decorentes dessas operações, uma vez que a produção de provas se dá durante o processo, com depoimentos e análise dos documentos apreendidos, por exemplo.

 

Nesta quarta-feira (24), Bulhões  encaminhou ofício ao procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, e ao corregedor-geral do MP, procurador de Justiça Flávio Fachone, relatando os fatos.

 

Reprodução

escutas

 

“Solicitamos ao procurador-geral de Justiça que encaminhe as informações levantadas com urgência à Procuradoria-Geral da República, considerando que os fatos estão sendo investigados por lá.

 

Também informamos ao corregedor-geral que está sendo finalizada uma auditoria interna dentro do Gaeco e que o resultado será apresentado em breve para apreciação e adoção das providências cabíveis”, esclareceu.

 

O esquema de escutas ilegais foi viabilizado por meio da estratégia de “barriga de aluguel”, que é quando uma decisão judicial autoriza a interceptação telefônica de pessoas alheias ao processo em questão.

 

A ilegalidade foi denunciada à Procuradoria Geral da República (PRG) pelo promotor de justiça Mauro Zaque, em janeiro deste ano. Exatamente um ano e um mês após ter pedido demissão do cargo de secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp).

 

Zaque alega que pediu exoneração do cargo após informar o governador o caso e ter exigido a exoneração do ex-secretário Paulo Taques, do comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa e de outros policiais e o governador não ter aceitado.

 

Já Pedro Taques nega que tenha tido conhecimento dos fatos e determinou ao secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, que investigue os fatos.

 

Na terça-feira (23), o juiz Marcos Faleiros da Silva decretou a prisão preventiva do ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa, e do cabo da PM Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior. Ambos estariam envolvidos no esquema clandestino de espionagem telefônica no estado, que veio a público há cerca de duas semanas.

 

A prisão dos dois, conforme o magistrado, busca garantir a ordem pública. Zaqueu é apontado como o mandante das ações militares de interceptações telefônicas, enquanto Gerson Júnior, o operador do esquema, responsável por produzir relatórios dos grampos ilegais.

 

Na decisão, Faleros ainda lembra que tanto Zaqueu quanto Gerson já exerceram funções dentro do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, o Gaeco. Além disso, mesmo em meio ao escândalo, Gerson continua trabalhando na Casa Militar, local onde supeita-se que o “escritório clandestino de espionagem” tenha funcionado ou funcione.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros