O governador Pedro Taques (PSDB) lamentou o episódio do avião interceptado pela Força Aérea Brasileira (FAB) com 662 kg de cocaína e que chegou a ser noticiado pela imprensa de que a aeronave teria saído de uma fazenda arrendada pela Amaggi, empresa do ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).
Alan Cosme/HiperNoticias
"Eu quero aqui dizer isso é uma patifaria o que fizeram com o ministro Blairo Maggi”, disse Taques durante evento nesta quarta-feira (28) no Palácio Paiaguás.
Taques criticou a cobertura dada no episódio que ocorreu no último domingo (25), quando as primeiras informações seriam de que o avião com a droga teria saído da Fazenda Itamarati Norte, no Município de Campo Novo do Parecis (396 Km de Cuiabá).
O caso só foi esclarecido após A.Í.B., de 21 anos, e o copiloto F.J. da S., de 42 anos, terem sido presos em Itapirapuã, em Goiás, na segunda-feira (26), a cerca de 30 km de onde o avião com a carga de 662 kg de cocaína, avaliada em R$ 20 milhões.
Conforme informações da Polícia Federal, o piloto disse que tinha sido contratado pelo copiloto para transportar a carga que vinha da Bolívia. Ele receberia R$ 90 mil para executar a tarefa.
A principio, o piloto informou à polícia que tinha decolado de uma das fazendas Itamaraty, que tem como um dos sócios o ministro Blairo Maggi (PP) e está arrendada pela empresa Amaggi. No entanto o local de partida foi descartado e em rede social Maggi negou qualquer contato com os suspeitos e com o caso.
A versão dos fatos apresentada pelos suspeitos está sendo investigada pela Polícia Federal.
reprodução/G1
Após dois pedidos de aterrissagem a aeronave mato-grossense pousou na zona rural de Jussara, município do interior de Goiás. Com a aterrisagem forçada, parte da cauda do avião ficou danificada.
"Isso mostra o prejuízo que uma notícia mal dada pode trazer. Nós temos que todos os dias, o que possamos divulgar, passe pela peneira de Aristoteles, porque hoje na na sociedade que se denomina de pós-verdade, qualquer coisa que põe na imprensa, na internet, esse ‘troço’ vaza e não tem mais volta. É igual a palavra lançada. Igual a pena que sai de um travesseiro: não volta", pontuou o governador.
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