O candidato a prefeito de Cuiabá pelo PMDB, deputado estadual Emanuel Pinheiro, tornou pública na manhã deste sábado (29) uma denúncia feita pelo Ministério Eleitoral contra o candidato Wilson Santos (PSDB), por compra de votos.
A ação pede a cassação do registro de candidatura do tucano e, caso ele seja eleito, a cassação do diploma.
“O fato é que, se essa ação for julgada procedente, os votos que forem ofertados ao Wilson Santos serão anulados. Quem votar nele vai perder o voto”, afirma o coordenador jurídico da campanha de Emanuel, o advogado Nestor Fidélis.
Conforme a representação, protocolada na sexta-feira (28), a captação ilícita de sufrágio que foi flagrada era realizada pelo eleitor Lucas Matos Morais.
Ele era responsável por reunir outros eleitores para participar de eventos políticos da coligação de Wilson e do candidato a vice-prefeito, vereador Leonardo Oliveira (PSB). A estratégia era cooptar lideranças dos bairros.
A denúncia narra que Lucas e uma pessoa identificada como “Tariki” receberiam R$ 500 para reunir 40 pessoas no evento realizado no bairro São Gonçalo Beira Rio.
“Para convencer os eleitores a comparecerem à reunião com o representado Wilson Santos, ficou acertado que após o evento seria pago um churrasco com cerveja”, conta o MPE.
O caso foi denunciado antes à Justiça, que passou a ter a colaboração de Lucas. A Polícia Federal investigou os atos, com agentes disfarçados de eleitores. Lucas reuniu, conforme a denúncia, os eleitores nos bairros Planalto e Altos da Serra, onde um ônibus da coligação os buscou para o evento. O policial estava juto e o ônibus foi seguido por outros carros da PF, descaracterizados.
“Já estava combinado com os eleitores que o dinheiro recebido seria distribuído, parte em moeda corrente, parte pela doação de churrasco e cerveja após a reunião”, afirma a denúncia. A reunião teria contado até com apresentação de Siriri. E os supostos crimes teriam sido registrados pelo agente da Polícia Federal.
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