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Política Quarta-feira, 31 de Maio de 2017, 13:03 - A | A

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Quarta-feira, 31 de Maio de 2017, 13h:03 - A | A

INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS

Delegado é designado por desembargador para atuar em força-tarefa contra grampos

PABLO RODRIGO

O delegado da Polícia Civil Flávio Henrique Stringueta será o responsável pela força-tarefa que irá investigar as interceptações telefônicas e quebras de sigilos no âmbito das Polícias Militar e Civil de Mato Grosso. A decisão foi proferida pelo desembargador Orlando Perri, que entrou de férias a partir de hoje (31).

 

Edson Rodrigues

delegado flavio stringueta

 

A decisão tem como base os recentes levantamentos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em relação a decisões dos últimos três anos, que poderiam conter a prática de "barriga de aluguel" - isto é, quando números de pessoas comuns são listados como se pertencendo a alvos de investigações policiais - e dois procedimentos provenientes da "notícia crime", protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OABMT).

 

Perri também decretou o sigilo das investigações por conta de que pessoas com prerrogativa de foro privilegiado que são suspeitas de  participação direta e indireta nos casos.

 

Stringueta deverá montar a sua equipe da força-tarefa ainda esta semana para iniciar as investigações.

 

Nos últimos dias, diversos documentos e informações foram encaminhados ao Tribunal de Justiça, além da correição já em andamento na Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-MT), onde a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro vem analisando se as decisões judicias, proferidas entre 2014 até maio deste ano, contém números telefônicos que não sejam de investigados.

 

Stringueta deixou a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) no início deste ano para atuar na Delegacia Especializada de Estelionado da Polícia Civil. Antes, ele foi o responsável pela "Operação Querubim", que investigou  as ex-servidoras estaduais Tatiana Sangalli Padilha e  Caroline Mariano dos Santos. Ambas tinham vínculos estreitos com o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques. 

 

A suspeita, na época, era de que existia um plano arquitetato pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro para por fim na vida do recém eleito governador do Estado, Pedro Taques (PSDB).

 

GCom

Zaqueu barbosa

 Ex-comandante da PMMT, coronel Zaqueu Barbosa

Prisão

Na última terça-feira (23), o ex-comandante-geral da PM, Zaqueu Barbosa e o cabo Gérson Luiz Correia Junior foram presos, em razão do Inquérito Polícial Militar (IPM) que está em andamento na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

 

Zaqueu e Gérson Correia Junior são apontados como os principais operadores do núcleo de escutas telefônicas clandestinas existente desde 2014 dentro do Comando Geral da Polícia Militar. 

 

Quartel de escutas na Isaac Póvoas

Em depoimento à Corregedoria Geral da PM, a 3º sargento Andreia Pereira de Moura Cardoso confessou ter participado do esquema de grampos. No entanto, afirmou que tudo o que fez foi "seguir as ordens de seus superiores". Na ocasião, ela entregou seu computador pessoal, utilizado nas atividades de escutas.

 

Segundo ela, em meados de 2014, foi instruída por seu comandante, coronel Siqueira Junior, que coordenava as ações do Centro Integrado de operações Aéreas (Ciopaer), a procurar o coronel Zaqueu Barbosa no Comando Geral, pois ele teria uma tarefa para ela.  

 

Lá, o coronel Zaqueu a informou que seria transferida para o setor de inteligência da PM, e que havia um trabalho com interceptações telefônicas para ela cuidar. O cabo Gérson teria ficado como responsável para instruí-la do novo serviço, que se tratava de “ouvir todos os áudios e anotar as partes importantes com as respectivas datas e horários daqueles áudios”, conforme declarou no depoimento.

 

Ofício de Selma Arruda

 

Alan Cosme/HiperNoticias

juiz selma arruda

 

Já a Juíza Selma Arruma encaminhou um ofício à Corregedoria do TJMT informando que dois pedidos de interceptações telefônicas foram enviados pela delagada Alana Darlene Souza Cardoso, ligada ao ex-secretário de Segurança Pública Mauro Zaque.

 

"É possível verificar que existem indícios de que os terminais telefônicos (65) 9998-1122 e (65) 9208-6867 foram inseridos pela autoridade policial, delegada Alana Derlene Souza Cardoso. Esta delegada ocupava, na época, o cargo de Diretora de Inteligência da Policia Judiciária Civil, diretamente ligada à Secretaria de Segurança Pública, cujo titular era o promotor de justiça Mauro Zaque de Jesus. Foi ela a coordenadora da Operação Fortis, da SESP. O ocorrido denota, a princípio, típico caso da chamada “barriga de aluguel”, que induziu tanto o Ministério Público quanto o juízo a erro”, diz trecho do documento.

 

A denúncia foi oficializada à Procuradoria Geral da República (PRG) pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, em janeiro deste ano, exatamente um ano e um mês após ter pedido demissão do cargo de secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp).

 

Zaque alega que pediu exoneração do cargo após informar o governador sobre o caso e ter exigido a exoneração do ex-secretário Paulo Taques, do comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso, coronel Zaqueu Barbosa e de outros policiais e o governador não ter aceitado.

 

Por sua vez, o governador Pedro Taques nega que tenha tido conhecimento dos fatos, e determinou ao secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, que investigue a denúncia. Jarbas já solicitou o fim do termo de cooperação entre a Sesp e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime (Gaeco) na utilização do sistema “Guardião”, responsável pelas escutas telefônicas.

 

Taques também decidiu realizar uma representação contra Mauro Zaque na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) e no Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP) por denúncia caluniosa, prevaricação e fraude em documentos públicos.

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