A delegada Ana Cristina Feldner classifica como um “atentado a democracia” o esquema de grampos ilegais existentes no estado. A policial ressalta que não será tolerada nenhuma forma de obstrução das investigação e, havendo indícios, serão decretadas novas prisões preventivas.
Delegada Ana Cristina Feldner
A policial está à frente da Operação Esdras, deflagrada na manhã desta quarta-feira (27) e acompanhou as prisões, buscas e apreensões e conduções coercitivas de alvos da ação policial.
Feldner relata que o esquema passou a ser investigado após a denúncia de um policial que havia sido chantageado pelo ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco e sua esposa Hellen Lesco com apoio do advogado e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques para gravar o desembargador Orlando Perri, relator do processo dos grampos.
“Ele viu a seriedade das investigações e da condução do processo pelo desembargador e nos procurou para relatar o esquema. Ele viu que não podia mais seguir com o plano e procurou a polícia”, conta a delegada. O delator do esquema é o tenente coronel José Henrique Soares, que era o escrivão nomeado para acompanhar o Inquérito Policial Militar (IPM) que apura as escutas.
A delegada ressalta que após o cumprimento das determinações do desembargador, as investigações continuam e “a partir de agora qualquer tipo de obstrução da Justiça não será tolerada. Qualquer atitude, de quem seja, da organização criminosa ou mero simpatizante que tente dificultar as investigações será analisada e havendo requisitos iremos representar por novas prisões preventivas”, assevera Feldner.
Foram presos nesta sexta o secretário de Justiça e Direitos Humanos coronel Airton Benedito Siqueira, ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco e sua esposa Helen Lesco, sargento Soler, ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas e o empresário José Marilson da Silva.
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