O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa, presidido pelo deputado estadual Dr. Leonardo Albuquerque (PSD), deve convocar todos os suplentes de deputados estaduais que assumiram mandato nos últimos anos. O objetivo é apurar se houve repasse de Verba Indenizatória, no valor de R$ 65 mil, aos titulares dos mandatos enquanto estavam afastados.
Atualmente, existem dois deputados suplentes na Assembleia: Professor Adriano (PSB), na vaga do atual secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB) e o parlamentar e apresentador de TV, Jajah Neves (PSDB), que ocupa vaga do deputado licenciado e secretário estadual de Cidades, Wilson Santos (PSDB).
Em um áudio vazado nas redes sociais, o deputado Jajah Neves afirmaria repassar a VI que recebe da Assembleia Legislativa ao titular do mandato, Wilson Santos. "Ele está alegando que o áudio não é dele. Ele vai resolver isso, vai se explicar. Ele falou que não lembra, provavelmente não é dele", afirmou o presidente da AL, deputado Eduardo Botelho (PSB), ao HiperNotícias.
De acordo com o presidente do Conselho de Ética, Leonardo Albuquerque, quando o Parlamento Estadual retornar do recesso ele vai se reunir com os demais membros do Conselho, Saturnino Masson (PSDB), corregedor-geral do Conselho e o deputado Alan Kardec (PT). Inicialmente, Leonardo pretende convocar o deputado Jajah e Adriano para apurar a situação.
Entretanto, o Conselho de Ética não descarta notificar outros suplentes que já passaram pela Casa de Leis. "Não podemos julgar ninguém, as vozes realmente são semelhantes, mas vamos chamar ele primeiro para prestar esclarecimentos. Vamos convocar ele e qualquer outro suplente para verificar se isso está acontecendo na Casa", afirmou o deputado Dr. Leonardo, em entrevista nessa terça-feira (16).
Além de Jajah e Adriano, o deputado Meraldo Sá (PSD) também passou pela suplência quando o titular do mandato, Gilmar Fabris (PSD) foi preso pela Polícia Federal (PF), durante a operação Malebolge. O presidente do Conselho de Ética não esclareceu se parlamentares de outras legislaturas poderiam ser convocados para prestarem esclarecimentos sobre o assunto.
Leonardo ainda conta com o apoio do Ministério Público Estadual para fazer perícia no arquivo de áudio e identificar se a voz registrada pertence ou não ao deputado. "O Ministério Público já está trabalhando pelo que eu sei e tem instrumentos periciais e técnicos, que podem comprovar se é legítimo esse áudio, se houve edição, etc. Eles possuem esse mecanismo e vamos acompanhar".
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