A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a concessão de empréstimos consignados a servidores do Governo do Estado foi concluída nesta quarta-feira (12). Entre os apontamentos feitos pelos parlamentares está o fato de que a dívida total de cerca de 105 mil servidores é atualmente de R$ 2 bilhões.
Alan Cosme/HiperNoticias
De acordo com o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que presidiu a CPI, o endividamento dos servidores, ocasionados pelo comprometimento dos salários com os empréstimos consignados, impactava diretamente na qualidade dos serviços prestados pelos funcionários públicos.
"Temos no nosso estado um endividamento importante do servidor público, numa ordem de R$ 2 bilhões, o que daria cerca de R$ 19 mil por servidor. Isso acaba repercutindo na forma com que o servidor presta seu serviço para a sociedade. Muitos se queixam de depressão e recebemos denúncias de que alguns até mesmo tentaram o suicídio pelo superendividamento", afirmou Maluf.
O texto apresentado pela CPI inclui medidas para evitar o superendividamento dos servidores públicos estaduais e garantir o cumprimento dos seus direitos. Dentre as principais, está a proibição de contratações de cartões de crédito consignados.
"A CPI foi criada porque recebíamos muitas reclamações da forma como se conduzia esse crédito consignado aos servidores do Estado, especialmente no que se refere a taxa de juros e transparência, além de dificuldade de negociação", completou Guilherme.
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