O procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, pediu o arquivamento de uma notícia-crime protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ). Os fatos narrados pela OAB apontam indícios de participação de membros do MPE no escândalo dos grampos telefônicos ilegais
No documento, Curvo também pede a retirada da OAB do processo e garante que foi instaurado no Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) para investigar os fatos em toda a sua extensão, no que tange a eventual responsabilidade penal dos promotores.
Diz ainda que foi encaminhada uma cópia do processo para a Corregedoria-geral do Ministério Público apurar os fatos em âmbito administrativo. Por fim, pediu que fosse decretado o sigilo nas investigações que envolvem promotores.
Diante do pedido do procurador, a OAB solicitou que o desembargador Orlando Perri, responsável pela investigação dos grampos telefônicos no TJ, leve o pleito do MPE para que o plenário do Tribunal decida sobre o arquivamento da notícia-crime e a exclusão da OAB como parte interessada.
"Nós queremos, em nome da sociedade, acompanhar as investigações. Recebemos com estarrecimento esse pedido. O MPE que outrora foi tido como o mais transparente do Brasil agora chega a ser um contrassenso dizer: olha, eu vou investigar da minha porta para dentro e a Ordem e o Judiciário não precisam participar", disse o presidente da OAB em Mato Grosso, Leonardo Campos.
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