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Política Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 02:30 - A | A

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Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 02h:30 - A | A

PENÚLTIMO DEBATE

Candidatos trocam farpas durante debate , Wilson cita ação de improbidade contra Emanuel; peemedebista nega

RENAN MARCEL

Às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, os candidatos a prefeito de Cuiabá partiram para o enfrentamento direto e incisivo no último debate realizado pela TV Record, do Grupo Gazeta de Comunicação, na noite desse domingo (25). Em meio a tentativas de apresentar propostas nas áreas de Saúde, Educação e Transporte públicos, houve diversos momentos em que os candidatos não titubearam em trocar farpas.

 

O alvo mais atingido foi o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), da coligação “Um novo prefeito para uma nova Cuiabá”. Dono de um discurso pautado pelo “perfil Ficha Limpa” durante toda a campanha, o peemedebista foi surpreendido pelo adversário Wilson Santos (PSDB), da coligação “Dante de Oliveira”.

 

O tucano trouxe à tona uma denúncia feita pelo Ministério Público do Estado (MPE), que envolve o nome de Emanuel aos casos apurados nos processos da famosa Operação Arca de Noé.

 

Segundo Wilson, o adversário responde à ação de improbidade administrativa juntamente com o ex-deputado José Geraldo Riva e João Arcanjo Ribeiro, apontado como chefe do crime organizado em Mato Grosso até o início dos anos 2000. A acusação é de que Emanuel teria sido beneficiado com um cheque de R$ 45 mil, que fora trocado na Confiança Factoring, empresa de Arcanjo. Ao vivo, Emanuel negou ser réu na ação e reafirmou ser ficha limpa.

 

“Não respondo a nenhum processo de improbidade, nunca lesei os cofres públicos. Não respondo a nenhuma ação, por mais que o senhor queira me colocar na mesma situação que a sua, que responde a cinco ou seis ações de improbidade”, disse em resposta a Wilson.

 

Pouco antes do debate começar, Wilson havia sido questionado pela imprensa sobre a linha mais contundente que os seus programas eleitorais ganharam na reta final da campanha, com críticas diretas ao adversário e o grupo de pessoas ligado ao PMDB, sobretudo ao ex-governador Silval Barbosa.

 

Em resposta, Wilson disse que a população “tem direito de conhecer de verdade os candidatos”.

 

A estratégia de trazer à tona a denúncia da Arca de Noé envolvendo o nome de Pinheiro veio depois que o peemedebista exibiu um programa eleitoral dizendo que Wilson havia sido condenado por improbidade por conta dos supostos desvios nas obras do Rodoanel.

 

O deputado Wilson responde a ações de improbidade tanto na Justiça federal quanto na estadual. As acusações são de fraude no certame licitatório do Rodoanel. Em 2015 os réus tiveram seus bens bloqueados no valor de R$ 22,9 milhões. O Ministério Público Federal (MPF) acusa Wilson Santos de autorizar a liberação de verbas públicas sem observar a Lei de Responsabilidade Fiscal e de contribuir para a “frustração do caráter competitivo da licitação nº 03/2005 ao homologá-la e de pagar para a empresa contratada serviços que não foram realizados”.

 

Para Emanuel, os ataques dos adversários ocorrem por causa do seu crescimento nas pesquisas eleitorais mais recentes, que o colocam como líder na disputa.

 

Não foi só Wilson Santos que partiu para o ataque. O ex-juiz federal Julier Sebastião (PDT), da coligação “Cuiabá: futuro e inclusão”, que no debate anterior havia adotado uma postura mais branda com os adversários, também tocou em um assunto desfavorável para Emanuel. Ele perguntou como o peemedebista pretende controlar o déficit na previdência municipal e como avalia as proposta de Michel Temer (PMDB), que pretende reformar a previdência social, aumentando a idade mínima de aposentadoria.

 

O deputado prometeu diálogo com o servidor para debater o assunto, caso seja eleito o prefeito de Cuiabá. Na réplica, Julier disparou: “Como um candidato beneficiado por uma aposentadoria precoce vai ter moral para discutir isso com o servidor?”. O juiz se referia indiretamente ao Fundo de Assistência Parlamentar (FAP), benefício de pouco mais de R$ 25 mil que o deputado recebe da Assembleia Legislativa, que, segundo Julier, tem um déficit de R$ 16 milhões na previdência. O revide veio: Emanuel disse que o ex-juiz não era “a melhor pessoa para falar de moral”.

 

Quem também teve a conduta questionada no debate foi o candidato Procurador Mauro, do Psol. Wilson Santos fez as contas e disse que o procurador, nos últimos 10 anos, tirou pelo menos dois anos de licença remunerada intercaladas, para disputar sucessivas eleições, sem nunca ter tido êxito. Durante esse período sem trabalhar, teria ganhado quase R$ 500 mil de salário.

 

O tucano também ouviu. Mauro se defendeu lembrando que a lei exige a licença para quem quiser se candidatar e depende do salário para o sustento da família. Depois disparou: “O senhor, candidato Wilson, tem dito que quer voltar para a Prefeitura para pagar uma dívida com a sociedade, mas se for assim o ex-governador Silval também teria que voltar para pagar a dívida dele. A Prefeitura não é lugar de pagar dívida, mas sim onde Silval está”.

 

Wilson e Procurador Mauro também debateram transporte público. O tucano criticou a proposta de redução gradativa da tarifa de ônibus, rumo à tarifa zero, que o candidato do Psol defende no seu programa de governo. Para Wilson, a ideia é “lunática” e não tem viabilidade. O procurador rebateu dizendo que o adversário é defensor das empresas de ônibus que atuam na Capital. “O senhor se porta como defensor dos empresários. Essas empresas, na nossa administração, não ficarão, mesmo com grandes defensores políticos”, garantiu.

 

As participações da ex-senadora Serys Slhessarenko (PRB), da coligação “Cuiabá levada a sério”, e do candidato Renato Santtana (Rede), o mais alheio ao tiroteio de críticas e acusações, foram mais brandas.

 

 

Os candidatos voltam a se encontrar na próxima quinta-feira (29), no debate que vai ser realizado pela TV Centro América, o último antes do primeiro turno. A data, conforme resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também é o último dia para a divulgação de programas eleitorais gratuitos no rádio e na televisão. 

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Carlos Nunes 26/09/2016

Puxa vida! Assisti ao debate ontem e achei fraquíssimo...foi só bla, bla, bla, promessas e mais promessas, mas CADÊ O DINHEIRO? Não tem. Pareceu mais que todos os candidatos serão milagreiros, vão fazer o dinheiro aparecer. De onde? O caixa do governo está vazio e o bolso do povo está vazio e endividado. Só tem uma forma de aparecer dinheiro na prefeitura: aumentando Impostos, taxas, colocando o IPTU lá em cima; ou fazendo uma Emprestação danada de dinheiro para nós, os idiotas, digo os eleitores, pagarmos a conta depois. Os políticos passam, mas a conta fica pra pagar. É evidente que nenhum candidato vai dizer que vai aumentar Impostos, pois isso é impopular pra burro. Procurei no debate, encontrar pelo menos um candidato que possa ser o novo prefeito, e fazer um "feijão com arroz bem feito com honestidade"; mas não visualizei nenhum. Na época das vacas magras, do dinheiro curto, da pindaíba financeira, tem que investir tudo o que conseguir arrecadar só nas VERDADEIRAS PRIORIDADES, o resto fica supérfluo por falta de dinheiro. As prioridades dos candidatos pareceu-me truncadas, não disseram coisa com coisa, prometeram muito.

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