A Assembleia Legislativa de Mato Grosso precisará votar uma autorização para que o deputado Gilmar Fabris (PSD), preso na sexta-feira (15), continue detido. Gilmar foi preso pela Polícia Federal, por supostamente tentar obstruir a Justiça ao ocultar documentos. De acordo com o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), a PF tem até 24 horas para enviar o documento para apreciação da Casa de Leis.
Alan Cosme/HiperNoticias
Botelho descartou CPI e acredita que AL tem que votar continuidade da prisão de Gilmar Fabris
"Pela Constituição Federal e pelo que eu estou entendendo, eles devem comunicar a Assembleia e nós temos que nos reunir, ver os fatos verdadeiros. O que eu sei até agora foi o que o deputado me falou" afirmou Botelho, acrescentando que assim que o documento chegar na Casa, será colocado para apreciação dos deputados.
A informação sobre o mandado de prisão foi confirmado pela Polícia Federal antes mesmo do deputado ser efetivamente preso. Tal fato possibilitou que o parlamentar tivesse conhecimento do mandado. Botelho disse que tomou conhecimento do mandado de prisão, quando Fabris ligou-lhe para receber instruções de como proceder.
O presidente da AL explicou que Fabris foi preso porque Fabris saiu cedo de casa, carregando uma mala preta. A Justiça teria sido informada que o deputado estaria tentando ocultar documentos, porém "não tinha tirado nada". "Foi isso que ele me disse. Mas eu não recebi nenhuma comunicação oficial e nós vamos aguardar essa comunicação", afirmou Botelho.
Eduardo Botelho descartou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta dos parlamentares, por entender que a Assembleia não tem mais "capacidade" de fazer a investigação do que o Ministério Público Federal (MPF). Ele ressaltou que não há nada de anormal nas buscas e apreensões realizadas pela PF em gabinetes de deputados estaduais.
"A Assembleia não está tomando medida nenhuma. Apenas para que continue no ritmo normal e trabalhe, porque as investigações estão sendo feitas pelo MPF, pela PF, então não temos que fazer nada. Teve a busca, que é natural. Houve gravação de deputados, houve uma denúncia muito grave, então, não adianta a gente achar que não ia ter nada", finalizou Botelho.
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