O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), foi citado em delações premiadas da Odebrecht na Operação Lava e aparece na lista de nove ministros do Governo Temer que responderão a inquérito proposto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A informação foi publicada na edição desta segunda-feira (21 de março), do jornal Valor Econômico.
Alan Cosme/HiperNoticias
Ministro Blairo Maggi nega participação em esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
Conforme o veículo, praticamente um terço da Esplanada, composta por 28 ministérios, está na segunda lista de Janot, enviada na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF). A lista de Janot é resultado de 78 delações premiadas fechadas por executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Bairo Maggi negou, por meio de nota emitida pela sua assessoria de imprensa, que tenha envolvimento na Lava Jato. “Sem chance de estar envolvido com este pessoal. É tão certo que isso não existiu, como amanhã será outro dia”, garantiu Maggi.
Os motivos que tornaram Blairo Maggi alvo das investigações da Lava Jato ainda não vieram à tona. Mas segundo o Valor Econômico, o grupo Odebrecht detém em Mato Grosso, desde 2013, a concessão da BR 163, que liga Cuiabá a Santarém no Pará. As obras de duplicação da BR são feitas em parte pela empresa, em parte pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT).
Ainda segundo o jornal, enquanto senador, Blairo Maggi foi importante interlocutor com o governo federal em favor das obras e, posteriormente, defendeu que elas fossem integralmente executadas pela Odebrecht. Em 2016, a Odebrecht Transport colocou o controle da BR 163 à venda, sob a justificativa de dificuldades em obter empréstimos junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a duplicação. Até agora não houve comprador.
A matéria traz ainda inúmeros nomes que estariam na lista de Janot, dentre eles, de dois ex-presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff, ambos do PT.
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Cuiabano 21/03/2017
Somente a PF para chegar a esses que se sentem intocáveis. Se locupletou ilicitamente, cadeia neles.
1 comentários