O ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Agecopa, Eder Moraes, considerado pela Justiça como o mentor de uma série fraudes que teriam desviado mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos, completa dois meses preso nesta segunda-feira, 1º de junho.
Eder, que já ficou preso por 84 dias em decorrência da 5ª fase da Operação Ararath, estava sob liberdade provisória, mas voltou a ser preso pela Polícia Federal no dia 1º de abril.
Na semana passada, o advogado de defesa do ex-secretário, Ronan de Oliveira, protocolou um pedido de revogação da prisão, solicitando medidas cautelares mais brandas, como a prisão domiciliar ou a utilização de tornozeleira eletrônica.
O ex-secretário também tem um pedido de Habeas Corpus tramitando no Tribunal Regional Federal de Mato Grosso (TRF1) e outro em Brasília. O primeiro pedido, feito imediatamente após a prisão, foi negado em caráter liminar pela desembargadora Neusa Alves, vice-presidente do TRF1.
ARARATH VII
Eder foi preso em sua residência, no Condomínio Florais, na sétima fase da Operação Ararath, sob a acusação de estar se desfazendo de seus bens, na tentativa de evitar o sequestro judicial. Segundo a Polícia Federal, Eder passou seus imóveis para o nome de 'laranjas'.
"Segundo nossas investigações, ele fez operações imobiliárias fraudulentas com valores inferiores aos praticados no mercado, sempre em nome de terceiros, no intuito de esconder seus bens", afirmou o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Marco Aurélio Faveri, à época da prisão.
As investigações, que culminaram na Operação Ararath em outubro de 2013, aponta que Eder seria o “arquiteto” dos esquemas denunciados pelo Ministério Público do Estado. A principal meta das investigações é desvendar qual o total do dinheiro desviado e qual o grupo político favorecido com as fraudes.
Entre os principais crimes encabeçados pelo ex-secretário, segundo as denúncias, está o uso da máquina pública para se auto-promover e beneficiar.
“Além de Eder, também atuavam com ele um dono de factoring (Júnior Mendonça) e o gerente de um banco (Luiz Carlos Cuzziol), para lavar dinheiro”, diz trecho do inquérito. Na 5ª fase da Operação da PF, Cuzziol chegou a ficar preso por três dias em Cuiabá e Júnior Mendonça se tornou delator premiado.
Por enquanto, além de Eder, também são investigados no mesmo esquema o ex-deputado José Riva (PSD), que também está preso, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o senador Blairo Maggi (PR), e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Sérgio Ricardo.
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