Exatamente dois meses após ser derrotado nas eleições realizadas em 7 de outubro, o governador Pedro Taques (PSDB) voltou a fazer aparições públicas e falar com jornalistas. Faltando pouco menos de um mês para o final de sua gestão, o atual chefe do Palácio Paiaguás comentou nesta sexta-feira (7), durante um evento na Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) sobre eleições, obras, o futuro governador e até mesmo seu futuro.
Taques, que tentava a reeleição, ficou com a terceira colocação nas últimas eleições, vencidas pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), ainda no primeiro turno. A segunda colocação ficou com o senador Wellington Fagundes (PR).
O governador, que passará a faixa para Mauro Mendes no dia 1º de janeiro de 2019, desmentiu boatos de que não realizaria o gesto ao seu sucessor. Ele também negou que irá passar um período em Portugal e contou que fará o exame para tirar a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil para poder advogar.
Leia a entrevista com o governador Pedro Taques na íntegra:
Qual será o futuro do governador, a partir do dia 1º de janeiro de 2019?
Minha programação após o governo é de pegar uns 10 dias de férias, pois também tenho direito, né. Vou viajar aqui por perto mesmo e depois volto para Cuiabá para tentar tirar minha carteira da Ordem para advogar e viver. Já aluguei um lugar, com meu futuro sócio, ali no Bosque da Saúde. Também vou dar aula. Fui chamado por quatro lugares para lecionar.
O senhor passará a faixa para Mauro Mendes?
Sim. Essa polêmica de não passar a faixa nunca existiu. Inclusive é o nosso cerimonial que está cuidando disso. É um absurdo.
Seu nome foi citado na delação do Alan Malouf. Como avalia isso?
Dizem que eu teria beneficiado duas empresas com incentivos fiscais, na delação. Uma delas, multamos em R$ 1 bilhão e retiramos os incentivos. A outra, cortamos o incentivo e multamos em R$ 27 milhões.
Entregará as obras previstas em seu final de mandato?
Temos uma agenda com a reforma e ampliação do Hospital Regional de Sinop, o de Rondonópolis, além da entrega do novo Pronto Socorro e do Cridac, a trincheira da MT-010, o ganha-tempo do Cristo Rei, entre outras.
O governador eleito Mauro Mendes afirmou que irá revisar as decisões do Governo nos últimos 90 dias. Como avalia esta declaração?
Não tenho nada a dizer. A partir do dia 1º de janeiro o Mauro Mendes é governador e tem toda a liberdade de fazer o que desejar.
Como está a questão do pagamento do FEX?
Estamos fazendo tratativas em Brasília, para onde devo ir na segunda-feira, em razão da liberação do Fundo.
Um assunto em debate atualmente é a taxação do agronegócio. Como vê essa questão?
Sou contra. Acho que não é produtivo para quem quer crescer e exportar. É uma posição minha e falo isso desde o primeiro dia de governo.
O governador Mauro Mendes tem afirmado que o orçamento do ano que vem prevê um rombo de R$ 1,5 bilhão. Como você avalia estes números?
Eu recebi o Governo com um déficit maior do que o que estou entregando agora. Isso é absolutamente normal, diante do momento histórico que o país vive.
E sobre a Revisão Geral Anual (RGA)?
Até o dia 31 de dezembro, sou o governador de Mato Grosso. Embargamos a decisão do Tribunal de Contas do Estado, para ver a posição da corte depois dos embargos.
O Estado tem atualmente uma dívida grande com fornecedores. Ela será sanada?
A dívida é do Governo do Estado, não do Pedro Taques. Existe o princípio da continuidade. Ninguém termina tudo sem dívidas.
E em relação a suas dívidas de campanha?
O PSDB nacional, através do Geraldo Alckmin, autorizou o partido a pagar. Eu não tenho dinheiro.
Porque acha que não foi reeleito?
Porque não fui reeleito? Porque não tive votos suficientes.
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Benedito costa 08/12/2018
Eita Pedro Taques! Continua arrogante mesmo perdendo. Seu maior erro foi justamente essa parte de ser prepotente, arrogante, nariz empinado. Perdeu a eleição porque o povo não quis mais você no comando e não porque teve voto insuficiente.
1 comentários