O Partido Social Democrático de Mato Grosso (PSD) poderá definir no voto se permanece ou não na base de apoio do governador Pedro Taques (PSDB). A hipótese se concretizará se as lideranças da sigla não chegarem a um acordo acerca do posicionamento do partido nas eleições de outubro deste ano. Divididos, os pessedistas se reúnem hoje (21) para tratar do assunto.
Conforme o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), antes de se falar na permanência ou não na base de Taques, o partido deve discutir isso internamente. “O partido é democrático, ouve suas lideranças. Vamos nos reunir, buscar um consenso, mas se não houver isso vamos disputar no voto”.
Enquanto Fraga defende a ruptura do partido com o tucano e a consequente ligação com a oposição ao governador, parte da bancada estadual tem se posicionado favorável à manutenção da aliança, iniciada em 2015, quando o vice-governador Carlos Fávaro assumiu o comando estadual da sigla.
A respeito das informações veiculadas que dão conta de um apoio selado, inclusive com a definição de um prazo para a saída dos descontentes, o presidente da AMM, que deverá tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, classificou a possibilidade como autoritária. “Este tipo de coisa é autoritária. Esse negócio de impor data de saída, faz parte de regimes autoritários. O que vamos discutir é se vamos ficar ou não. Isso ainda não foi discutido internamente. Aí sim caberá aos descontentes, se houver vontade, saírem”.
Para Fraga, mesmo que não haja o consenso, é possível que o PSD não sofra nenhuma baixa, mas isso só será definido após uma decisão interna. “Existe uma divisão nítida. Temos manifestado isso publicamente. Existe uma corrente que defende a permanência com Taques, liderada pelos deputados Nininho, Gilmar Fabris e Pedro Satélite, e nós que pregamos o rompimento. Da minha parte, todo respeito em relação às lideranças que defendem a manutenção da aliança. O que não podemos permitir é que falem a respeito de uma decisão que ainda não foi tomada”.
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