O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), negou envolvimento no esquema investigado pela Operação Déjà Vu durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (7). De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Pinheiro teria recebido R$ 91, 7 mil em decorrência do pagamento de verba indenizatória indevida em sua época de deputado estadual.
“Eu vou provar que não tenho nada a ver com isso. É mais um assunto que eu vou provar que eu não tenho nada a ver. Nunca soube disso, nunca fiz isso. Nunca recebi nada ilícito”, disse.
O MPE afirma que o esquema funcionava por meio da simulação da aquisição de materiais de papelaria e insumos de informática. As notas “frias” eram emitidas em nome de empresas de fachada e os deputados recebiam o dinheiro em forma de verba indenizatória. O total desviado da Assembleia seria de aproximadamente R$ 600 mil na época, sem correção monetária.
No caso de Emanuel Pinheiro, a primeira nota fiscal é datada de fevereiro de 2014, enquanto a última é de fevereiro de 2015. Os R$ 91,7 mil foram divididos em treze notas de valores entre R$ 5 mil e R$ 7,8 mil.
“Houve a denúncia e eu respeito o trabalho do Ministério Público. É bom que as denúncias servem para acusar ou inocentar. No meu caso eu tenho certeza que vai ser mais uma oportunidade que eu terei para mostrar para a população mato-grossense e comprovar para minha família que meus trinta anos de vida pública continuam respeitados”, finalizou.
Além de Pinheiro, são investigados os o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, os deputados Ondanir Bortolini – Nininho, Zeca Viana e Wancley Charles Rodrigues de Carvalho e também o ex-deputado José Riva.
A denúncia, assinada pelos promotores Antonio Sergio Piedade, Marcos Bulhões, César Danilo de Noaves e Rodrigo de Araújo Arruda, do Ministério Público Estadual (MPE), é do dia 28 de julho.
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